Brasileiras presas injustamente na Alemanha são libertadas e celebram com cerveja

Jeanne Paollini e Kátyna Baía foram presas no dia 5 de março, em Frankfurt, na Alemanhã, após terem as malas trocadas por bagagens com drogas.

Por Plox

11/04/2023 18h57 - Atualizado há mais de 1 ano

Jeanne Paollini e Kátyna Baía, duas brasileiras detidas em Frankfurt, na Alemanha, desde 5 de março, foram libertadas nesta terça-feira (11) após terem sido inocentadas. Elas foram presas sob a acusação de tráfico internacional de drogas quando suas malas foram trocadas por bagagens contendo drogas. Após serem soltas, Jeanne e Kátyna comemoraram a liberdade com copos de cerveja. O registro do momento foi publicado pela irmã de Kátyna, Lorena Baía, e pelo embaixador brasileiro, Alexandre Vidal Porto.

 

Prisão e investigação

A viagem de 20 dias pela Europa, planejada para celebrar um novo momento na vida profissional de Kátyna, transformou-se em um pesadelo quando as duas foram presas em Frankfurt, pouco antes de embarcarem para Berlim. A Polícia Federal brasileira iniciou uma investigação para entender o que havia acontecido com as malas despachadas em Goiânia, que nunca chegaram à Europa.

No aeroporto de Frankfurt, a polícia local apreendeu duas malas com 20 kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. As prisões ocorreram na fila de embarque da escala, sem que as brasileiras pudessem ver as malas.

Inocência comprovada

A Polícia Federal em Goiás analisou imagens de câmeras de segurança do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, que mostraram o as duas malas, uma rosa clara e uma preta. A troca de etiquetas aconteceu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, onde funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens trocaram as etiquetas.

Segundo a polícia, em escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só a retira no destino final. Jeanne e Kátyna não viram a troca das bagagens e das etiquetas.

Libertação e comemoração

A libertação das brasileiras foi autorizada pelo Ministério Público da Alemanha. Chayane Kuss de Souza, advogada de defesa de Jeanne e Kátyna, confirmou que ambas foram inocentadas. O Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores do Brasil, divulgou nota informando que recebeu com satisfação a notícia da soltura das brasileiras e que o Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt visitou as detentas, intermediou contato com familiares e advogados, e manteve coordenação estreita com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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