Inflação oficial desacelera em março, com alta de 0,71%, aponta IBGE

Em março do ano anterior, o índice havia aumentado 1,62%

Por Plox

11/04/2023 16h02 - Atualizado há mais de 1 ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por medir a inflação oficial do Brasil, registrou uma alta de 0,71% em março, apresentando desaceleração em comparação a fevereiro, quando a taxa foi de 0,84%. Em março do ano anterior, o índice havia aumentado 1,62%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11).

O grupo Transportes teve o maior impacto no índice de março (0,43 ponto percentual) e a maior variação (2,11%). A gasolina, com um aumento de 8,33%, foi o item de maior impacto individual (0,39 pp) no índice do mês e contribuiu significativamente para a elevação do grupo. O etanol também apresentou avanço de 3,20%.

Segundo o analista da pesquisa, André Almeida, o aumento nos preços da gasolina e do etanol foi influenciado principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais (PIS/Cofins) no início de março, estabelecido pela Medida Provisória nº 1157/2023.

No acumulado do ano, o IPCA apresenta elevação de 2,09%, e nos últimos 12 meses, de 4,65%, percentual inferior aos 5,60% registrados no período imediatamente anterior. Essa é a menor taxa acumulada em 12 meses desde janeiro de 2021.

Foto: divulgação

 

Outros grupos que apresentaram alta em março foram saúde e cuidados pessoais (0,82%) e habitação (0,57%), ambos desacelerando em relação a fevereiro e contribuindo com 0,11 pp e 0,09 pp, respectivamente. A queda da alimentação no domicílio (-0,14% em março, em comparação com a alta de 0,04% em fevereiro) resultou em um aumento de 0,05% em alimentação e bebidas.

As promoções realizadas durante a semana do consumidor em março podem ter influenciado a variação negativa de 0,27% no grupo artigos de residência, segundo Almeida. Todas as regiões apresentaram avanço nos índices em março, com Porto Alegre registrando a maior variação (1,25%) e Fortaleza a menor (0,35%).

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