Alvo da PF em Ipatinga é um dos principais responsáveis por migração ilegal do Vale do Aço

Polícia Federal deflagrou Operação “Fictus” em Ipatinga, BH e Sardoá

Por Plox

11/04/2024 10h02 - Atualizado há 8 meses

A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão em Ipatinga - MG, nesta quarta-feira, em busca de novas provas que contribuam com os indícios já existentes de falsificação de documentos e promoção de migração ilegal. Um dos alvos da investigação é conhecido pelos órgãos de segurança pública como um dos principais responsáveis pelo crime de facilitar a migração ilegal do Vale do Aço. Além de Ipatinga, no Vale do Aço, a Operação Fictus também foi deflagrada em Belo Horizonte e Sardoá.
 

 

No total, foram cumpridos oito Mandados de Busca e Apreensão, expedidos pela Subseção Judiciária de Ipatinga-MG, nas residências e endereço comercial dos envolvidos nessas três cidades.
O objetivo da Operação “FICTUS” é desarticular esquema criminoso de promoção de migração ilegal, com a utilização de falsidade documental e associação criminosa, decorrente da entrada ilegal de brasileiros em país estrangeiro.
 

Impacto da rede criminosa

Estima-se que a organização criminosa tenha remetido ao exterior ao menos 115 pessoas, incluindo crianças e adolescentes.
A suspeita é que a organização criminosa tenha utilizado a falsificação de documentos com o objetivo de formar famílias, facilitando assim a imigração ilegal. O dinheiro proveniente da atividade criminosa era investido em estabelecimentos comerciais na cidade de Ipatinga e em bens registrados muitas vezes em nomes de pessoas interpostas, popularmente conhecidas como “laranja”.
Estima-se que o esquema criminoso tenha lucrado mais de R$11.500.000,00 (onze milhões e quinhentos mil reais). Os lucros eram utilizados para manter uma vida de luxo pela organização criminosa.
 

Consequências legais e apreensões

Na operação foram sequestrados imóveis e veículos de luxo, dispositivos eletrônicos, joias, munição, documentos e valores em espécie.
Os investigados deverão responder pelos crimes de falsificação de documentos, promoção de migração ilegal e associação criminosa, cujas penas máximas somadas ultrapassam oito anos de reclusão.
 

Operação da Polícia Federal combate rede de migração ilegal no Vale do Aço Foto: Polícia Federal
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