Temer defende revisão de penas pelo STF nos atos de 8 de janeiro
Durante entrevista, ex-presidente afirmou que Supremo deveria redosar punições aplicadas e destacou que agressão foi contra os Poderes
Por Plox
11/05/2025 16h31 - Atualizado há 1 dia
Durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band, o ex-presidente Michel Temer defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) reavalie as penas impostas aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Para ele, não se tratou apenas de danos materiais aos edifícios públicos, mas de uma agressão direta aos Poderes da República.

Temer sugeriu que o próprio STF faça uma nova dosagem das penas, argumentando que a punição precisa refletir corretamente a gravidade do ato.
“Eu acho que o mais útil seria que o próprio Supremo Tribunal Federal fizesse uma nova dosagem das penas. Porque não foi apenas uma agressão a prédios públicos, foi agressão aos Poderes”
, declarou em trecho da entrevista antecipado pela emissora.
Questionado sobre as frequentes críticas à atuação do Supremo em temas que extrapolam suas atribuições tradicionais, Temer isentou a Corte de responsabilidade. Ele explicou que essa centralização decorre do texto da Constituição Federal de 1988, que atribui ao STF o julgamento de praticamente todas as questões importantes do país. “Quando todos me dizem: ‘o Supremo agora se mete em todas as questões’, a culpa não é do Supremo. A culpa, na verdade, foi da Constituinte. Nós trouxemos tudo para o texto constitucional. E, portanto, tudo vai parar no Supremo Tribunal Federal”, disse o ex-presidente.
Temer reconheceu que seria extremamente difícil alterar o texto da Constituição, e reforçou que, diante desse cenário, é necessário trabalhar com a realidade vigente. Apesar disso, ele ressaltou que é fundamental preservar os limites entre os Poderes.
O ex-presidente ainda afirmou que, se estivesse atualmente à frente do país, atuaria pela adoção do sistema semipresidencialista. Ele acredita que a mudança traria mais estabilidade e eficiência para a gestão pública. Temer também enfatizou a necessidade de políticas públicas eficazes, principalmente nas áreas da educação e da segurança pública.
A entrevista completa irá ao ar na noite deste domingo (11), no programa Canal Livre.