Demora no atendimento do SAMU é culpada por morte, alega família de Belo Horizonte

As informações fornecidas indicam que a ambulância só chegou ao local seis horas depois

Por Plox

11/06/2023 14h02 - Atualizado há cerca de 2 anos

A perda de Camila Donato Gomes da Silva, 33 anos, na madrugada de sexta-feira (9) em Belo Horizonte, gerou uma onda de consternação e acusações contra o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A mãe da falecida acredita que a demora no atendimento da equipe médica foi a causa da morte prematura de sua filha.

A família, residente na rua Mariano Guimarães, bairro Ribeiro de Abreu, na região nordeste da cidade, afirmou que duas chamadas de socorro foram realizadas para o SAMU, a primeira por volta de 1h27 da madrugada, durando quase nove minutos. A mãe da vítima afirmou que foi atendida por uma médica que se recusou a enviar uma ambulância para socorrer a filha.

 

Foto: Reprodução

As informações fornecidas indicam que a ambulância só chegou ao local seis horas depois, quando a segunda ligação foi realizada e Camila já estava sem vida. "Quando eu passei a mão no rosto dela, ela já estava gelada", disse a mãe de Camila, angustiada.

Defesa da Prefeitura de Belo Horizonte

Enquanto a família de Camila aponta o dedo para o SAMU, a Prefeitura de Belo Horizonte defende-se afirmando que não houve nenhuma informação relevante durante a primeira chamada que indicasse a gravidade da situação. Segundo a prefeitura, na primeira ligação não foram reportados sinais que levantassem suspeitas de um infarto.

A Prefeitura de Belo Horizonte salientou que os pedidos de assistência médica foram feitos em três momentos muito diferentes e o tempo decorrido entre a primeira e a segunda chamada foi considerável. Durante a segunda chamada, feita por volta de 7h40 da mesma sexta-feira, a vítima já estava em parada cardíaca após ter tomado um medicamento.

Neste momento, duas ambulâncias do SAMU foram enviadas e, ao chegarem, constataram que Camila havia falecido. A família fez uma terceira chamada, por volta das 23h46, questionando intensamente o atendimento prestado pelo SAMU.

Segundo a prefeitura, em todas as chamadas, os atendentes do SAMU forneceram à família orientações e informações sobre o possível tempo de espera para o envio da ambulância, devido ao comprometimento das ambulâncias em outros casos.

Investigação em Andamento

Enquanto o debate sobre a possível negligência do SAMU continua, a causa da morte de Camila permanece indeterminada. O atestado de óbito menciona que o laudo do resultado dos exames ainda é aguardado.

Camila foi enterrada em um cemitério em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Família e amigos, ainda abalados com a perda, buscam respostas sobre os eventos que levaram ao falecimento da jovem de 33 anos.

As alegações da família colocaram o serviço de emergência em xeque, apontando a necessidade de uma análise mais aprofundada dos procedimentos de triagem e tempo de resposta do SAMU. Os detalhes específicos sobre a condição de Camila e as circunstâncias de sua morte estão sob proteção de sigilo de prontuário médico.

Enquanto as investigações seguem em curso, o trágico acontecimento reforça o questionamento acerca dos desafios enfrentados pelos serviços de emergência e a importância de procedimentos eficazes e rápidos para a garantia da saúde e da vida da população. As autoridades de Belo Horizonte têm agora a responsabilidade de analisar as circunstâncias dessa fatalidade, a fim de evitar que casos como o de Camila se repitam no futuro.

 

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