Inverno este ano pode ser mais quente do que o habitual, apontam especialistas

A perspectiva de um inverno mais quente do que o normal pode ser uma realidade para os próximos meses, isso é decorrente do fenômeno climático conhecido como El Niño, que começa a se fortalecer. A previsão inclui longos períodos de seca, com níveis de umidade comparáveis aos de um deserto, e chuvas torrenciais.

Segundo os especialistas do Climatempo, desde fevereiro de 2023, o aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial tem sido observado e, agora, no início de junho, a atmosfera começou a reagir a essa alteração. Esse acoplamento sugere que as condições para o estabelecimento do El Niño já estão presentes e, nos próximos meses, o aquecimento do Pacífico Equatorial deve intensificar ainda mais o fenômeno, resultando em um aumento acima da média da temperatura atmosférica.

O mais recente relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), divulgado em 8 de junho de 2023, alterou o status do Pacífico Equatorial de "atenção para El Niño" - que indica uma probabilidade superior a 90% do fenômeno se consolidar nos próximos meses - para "El Niño Advisory". Este novo status sinaliza que as condições do El Niño já se encontram no oceano Pacífico Equatorial e que o fenômeno tende a se fortalecer ainda mais no decorrer dos próximos meses.

É importante ressaltar que o El Niño influencia significativamente o clima global, o que reforça a necessidade de estarmos atentos às suas implicações, especialmente em relação à possibilidade de um inverno mais quente, à seca intensificada e às chuvas mais volumosas e concentradas.

Monitoramento
Na última semana de maio e início de junho, todas as regiões de monitoramento da temperatura da água o mar no oceano Pacífico Equatorial, chamadas de regiões Niño, estavam com anomalias superiores a +0,5°C: +0,8°C no Niño 3.4, +0,6°C no Niño 4, +1,1°C no Niño 3 e +2,3°C no Niño 1+2.