Comércio local enfrenta incertezas após início do home office na Cidade Administrativa
Interdição de elevadores afasta 7.000 servidores, resultando em prejuízos e demissões nos estabelecimentos
Por Plox
11/06/2024 10h24 - Atualizado há 7 meses
A interdição de elevadores na Cidade Administrativa, decretada há um mês, resultou na implementação de home office para cerca de 7.000 servidores, gerando um cenário de apreensão entre os comerciantes locais. Com espaços vazios e um futuro incerto, o impacto nas atividades comerciais é evidente.
Na última segunda-feira (10), a reportagem esteve no local e verificou que os restaurantes estão praticamente sem movimento. Funcionários relataram uma queda drástica no fluxo de clientes. Um dos estabelecimentos teve que demitir três funcionários que trabalhavam em regime de CLT. “Há ainda os prestadores de serviço que trabalham como MEIs. Sem salário fixo, acabam que eles não vêm aqui porque teriam que arcar com alimentação, transporte e outros gastos. Então, como não há como eles terem renda, pararam de vir para cá”, explicou uma comerciante.
A oferta de produtos e serviços também foi reduzida. “Nos restaurantes, as opções de almoço e café da manhã estão mais no básico, não tem mais aquela variedade que havia anteriormente. Realmente, é um cenário desolador. Os comerciantes estão segurando os estabelecimentos abertos, mas não sei como será, por exemplo, no mês que vem”, completou.
O governo de Minas foi procurado para comentar sobre o impacto nos comerciantes, mas não houve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para manifestações.
A interdição dos elevadores foi motivada por questões de segurança e, segundo o governo, as obras de reparo devem começar em julho e terminar até o fim de 2024. O contrato com a empresa responsável pelas intervenções foi assinado na sexta-feira (7), com um valor previsto de R$ 2,5 milhões.
Essas obras são parte de uma série de problemas que se acumulam desde a inauguração da Cidade Administrativa em 2010. O complexo, que custou R$ 1,2 bilhão, ainda não possui o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e enfrenta diversas falhas estruturais desde então.