PF apura nova joia ofertada ao Brasil e desviada no governo Bolsonaro

A descoberta da nova peça ocorreu durante diligências em parceria entre a PF e o FBI, o departamento de investigação dos Estados Unidos.

Por Plox

11/06/2024 14h09 - Atualizado há 6 meses

A Polícia Federal (PF) identificou uma tentativa irregular de venda de mais uma joia oferecida pelo governo saudita ao Brasil durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Operação conjunta com o FBI

A descoberta da nova peça ocorreu durante diligências em parceria entre a PF e o FBI, o departamento de investigação dos Estados Unidos. A joia estava na mesma loja onde foram registradas vendas de outros presentes à União, mas não se sabe se chegou a ser vendida.

Declarações da PF

Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, declarou nesta terça-feira (11) que essa descoberta pode agravar a situação dos investigados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. "A nossa expectativa é que no mês de junho a gente finalize as duas investigações, sobre joias e [cartões] vacinas [falsos], e no mês de julho, a gente finalize a investigação sobre o golpe [8 de janeiro]", afirmou Rodrigues em entrevista à imprensa.

Investigação dos presentes

Bolsonaro está sendo investigado por suposto uso da estrutura do Estado para desvio de joias oferecidas como presentes oficiais pelo governo saudita, além da venda e ocultação de valores com o objetivo de enriquecimento ilícito. Até o próximo mês, três investigações que envolvem Bolsonaro devem ser concluídas pela PF.

Ataques de 8 de janeiro

Além das investigações sobre as joias, o diretor-geral da PF informou que cerca de 180 pessoas que participaram dos ataques de 8 de janeiro de 2023 aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, estão foragidos, com entre 50 e 100 suspeitos na Argentina. Rodrigues destacou que a cooperação com a polícia argentina é positiva, mas as prisões dependem de conversas entre as justiças dos dois países.

Bolsonaro, que nega envolvimento nos crimes, está inelegível até 2030 após ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na campanha presidencial de 2022.

 

 

 

 

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