Hábitos cotidianos aumentam risco de AVC, alertam médicos

Especialistas destacam práticas comuns que podem ser evitadas para reduzir drasticamente os casos de acidente vascular cerebral

Por Plox

11/06/2025 14h54 - Atualizado há 1 dia

O acidente vascular cerebral (AVC) figura entre as principais causas de morte e incapacidade ao redor do mundo, de acordo com a American Stroke Association. Apesar de fatores silenciosos como colesterol alto e hipertensão estarem envolvidos, até 80% dos casos poderiam ser evitados por meio de mudanças no estilo de vida, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos.


Imagem Foto: Pixabay


Com base em entrevistas concedidas ao jornal norte-americano The Huffington Post, o neurologista vascular Anthony Kim, que também é diretor médico do Centro de AVC da Universidade da Califórnia, destacou que agir de forma preventiva é essencial. Ele, ao lado de outros especialistas, revelou hábitos diários que contribuem diretamente para o risco de AVC.


Entre os pontos destacados está o descuido com a pressão arterial. A hipertensão, por não apresentar sintomas aparentes, costuma ser ignorada, mas é considerada o principal fator de risco modificável. Kim ressaltou que, caso fosse controlada, o número de AVCs cairia significativamente.



A ausência de atividade física também foi apontada. O neurocirurgião Arthur Wang, da Universidade Tulane, explicou que o sedentarismo facilita o acúmulo de placas nas artérias, o que pode levar a eventos cardiovasculares. Ele recomenda praticar exercícios moderados por pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana.


Outro ponto de atenção é a negligência com exames médicos de rotina. Muitos problemas, como colesterol alto, não apresentam sintomas, e podem passar despercebidos sem um check-up periódico. Wang reforça que o risco de AVC também é influenciado por fatores como histórico familiar, gênero e raça.



O tabagismo e o consumo exagerado de álcool também foram citados. Kim explicou que fumar causa o estreitamento dos vasos sanguíneos ao longo do tempo, enquanto o álcool, em grandes quantidades, aumenta as chances de doenças cardíacas. O CDC recomenda limites diários: até um drink para mulheres e dois para homens.


Já a má alimentação, com excesso de sal, gorduras saturadas e açúcares, pode elevar o risco de hipertensão. A orientação de Kim segue a filosofia do jornalista Michael Pollan: “Coma principalmente vegetais, mas nada em excesso”.



Por fim, os especialistas alertaram sobre o perigo de ignorar sinais de um possível AVC. A ausência de dor pode levar ao atraso no atendimento. Kim lembrou do acrônimo FAST — que em português se traduz em: rosto caído, fraqueza no braço, fala arrastada e tempo de acionar o socorro — como forma rápida de identificação.


A orientação médica é clara: adotar um estilo de vida mais saudável pode representar a diferença entre a vida e a morte diante de um AVC.



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