Hugo Motta alerta para risco de ingovernabilidade no país

Presidente da Câmara pressiona por revisão das despesas obrigatórias e critica propostas sobre o IOF

Por Plox

11/06/2025 15h13 - Atualizado há 1 dia

Durante o 2° Brasília Summit, evento realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) na manhã desta quarta-feira (11), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez duras críticas às medidas fiscais propostas pelo Ministério da Fazenda e voltou a defender a necessidade de revisão das despesas obrigatórias.


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


Falando para cerca de 300 empresários reunidos na capital federal, Motta demonstrou preocupação com os rumos da economia brasileira diante da possibilidade de mudanças na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), sugeridas pela equipe econômica do governo. Ele destacou que o Congresso não aceitará o aumento de impostos como alternativa para equilibrar as contas públicas. Segundo ele, essa é uma \"medida equivocada\" e insustentável.



O deputado paraibano foi enfático ao declarar que é essencial enfrentar o crescimento das despesas obrigatórias para evitar o colapso do sistema fiscal. “Já passou da hora de discutir despesas obrigatórias. O Brasil caminha para a ingovernabilidade completa para quem quer que venha a ser presidente”, disse.



De acordo com Motta, o crescimento constante dos gastos primários impõe ao país a necessidade de ampliar a arrecadação repetidamente. Por isso, defendeu que esse tema entre na agenda legislativa imediatamente. Ele adiantou que até o início de julho deve ser apresentado um conjunto de propostas ligadas à reforma administrativa, com o objetivo de propor um novo modelo de Estado.


O parlamentar ainda destacou que é nos momentos em que se deixa a zona de conforto que surgem as soluções e cobrou envolvimento coletivo:
“Quando saímos da zona de conforto, soluções aparecem, pois cada um dá sua cota de participação”

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Além disso, Motta reforçou que essa reforma só será possível com o engajamento do Executivo e o apoio da sociedade civil, especialmente em um ano que antecede as eleições. \"Essa agenda ficaria perto da perfeição se o governo topasse dever de casa fiscal. Não há como construir reformas estruturantes se a sociedade não nos apoiar\", concluiu.


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