PF combate esquema de diplomas falsos e exercício ilegal de profissões
Operação atinge 12 estados e o DF; beneficiários já atuavam com registros profissionais obtidos por meio de fraude
Por Plox
11/06/2025 12h57 - Atualizado há 1 dia
Uma organização criminosa dedicada à falsificação e comercialização de diplomas universitários foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (11). A ação teve como objetivo desmantelar o esquema, que já havia permitido que diversos beneficiários atuassem ilegalmente em profissões regulamentadas.

A quadrilha utilizava redes sociais e aplicativos de mensagens para oferecer documentos falsificados de cursos superiores como direito, psicologia, engenharias, fisioterapia, biomedicina, administração e educação física. Esses diplomas eram então usados para obtenção de registros em conselhos profissionais, permitindo que os compradores exercessem atividades exclusivas de profissionais legalmente formados.
Segundo a Polícia Federal, ao menos oito pessoas já atuavam com registros ativos em conselhos de classe nas áreas que haviam declarado falsamente como formação. Os policiais cumpriram 25 mandados de busca e apreensão em 12 unidades da federação, incluindo o Distrito Federal e 11 estados. As ações aconteceram em residências dos envolvidos, incluindo o suposto líder do esquema.
As investigações começaram quando foi detectado um diploma falso apresentado em um pedido de registro profissional. A partir daí, os agentes encontraram um site forjado, hospedado em uma plataforma pública, que imitava um sistema oficial de verificação de diplomas.
O ambiente digital, construído com aparência legítima, continha diversos diplomas falsos em nome de terceiros
, informou a Polícia Federal em nota. Até o momento, 33 documentos fraudulentos vinculados ao mesmo ambiente digital já foram identificados.
O grupo investigado é apontado como estruturado, com divisão clara de tarefas entre produção, venda e uso dos diplomas falsificados. Há também indícios de crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, falsificação de documentos públicos, exercício ilegal de profissão e receptação.
A Polícia Federal já está comunicando os conselhos de classe responsáveis, para que tomem as medidas administrativas e disciplinares necessárias em relação aos registros obtidos por meio de documentação falsa.