Sessão na Câmara termina em confusão entre Nikolas, Haddad e Rogério Correia

Um tumulto marcou a audiência pública desta quarta-feira (11) na Câmara dos Deputados, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compareceu às Comissões de Finanças e Tributação para prestar esclarecimentos sobre ações econômicas do governo Lula.

Foto: Reprodução de vídeo

A sessão, conduzida pelo deputado Rogério Correia (PT), foi interrompida após uma série de trocas de acusações entre ele, o ministro e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL). A discussão ganhou proporções maiores após publicações dos envolvidos nas redes sociais, onde o clima de embate foi mantido.

Nikolas afirmou que foi chamado de 'fujão' por Haddad, mas rebateu dizendo que a cadeira vazia não era a sua. Em sua versão, disse ter retornado à sala para apresentar uma questão de ordem, o que teria sido negado por Rogério Correia, presidente da comissão. Ele também alegou que Haddad o tratou como 'moleque'.

Do outro lado, o ministro da Fazenda acusou a ala bolsonarista de evitar o debate e se recusar a ouvir explicações. Segundo Haddad, atitudes como as dos deputados Nikolas e Carlos Jordi (PL-RJ) — que fizeram críticas ao governo e deixaram a sala antes da resposta — configuram uma tentativa de autopromoção, sem interesse no diálogo. O ministro relembrou ainda que Jair Bolsonaro se esquivou dos debates presidenciais em 2018.

Carlos Jordi retornou logo depois para rebater: \"Não venha querer cantar de galo na Câmara dos Deputados. O senhor é ministro, mas eu sou deputado. Respeite o parlamento. Moleque é você\".

Na sequência, Nikolas também voltou e tentou apresentar sua questão de ordem. Rogério Correia questionou o conteúdo da solicitação e deu início ao novo bate-boca. Em publicação, Rogério afirmou que a audiência teve êxito ao confirmar com Haddad a edição de uma medida provisória para mudanças no Imposto de Renda — o que chamou de ação para 'apertar os que estão na cobertura'. Ele classificou o comportamento dos opositores como apelativo, acusando-os de transformar o debate em 'baderna'.

\"O ministro Haddad foi claro. Aqueles que protegem os mais ricos não querem escutar. Como o argumento deles é fraco, preferem a baderna. Nikolas, por exemplo, é o baderneiro mor. Fala, vai embora, volta, faz bagunça. Apesar disso, a reunião foi de bom tamanho\", escreveu Correia.

A tensão teve início ainda durante a fala inicial de Nikolas e Jordi, que criticaram duramente a gestão Lula, chamando-a de incompetente. Após deixarem o recinto, Haddad reagiu com críticas, dando início à sequência de confrontos que culminaram no encerramento da audiência.