Vacinação evita mortes por doenças respiratórias em crianças e idosos, alerta Secretaria de Saúde
Maioria dos óbitos por influenza e covid-19 entre 2023 e 2025 ocorreu em pessoas com vacinação incompleta ou atrasada
Por Plox
11/06/2025 15h02 - Atualizado há 2 dias
A vacinação tem se mostrado a forma mais eficaz de prevenir complicações graves causadas pelas síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), como influenza e covid-19. Dados recentes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) revelam que, entre 2023 e 2025, a maioria das mortes por essas doenças ocorreu entre pessoas com esquema vacinal incompleto ou desatualizado.
O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, enfatiza a importância da imunização, especialmente para os públicos mais vulneráveis, como crianças e idosos. Segundo ele, o aumento nos casos de doenças respiratórias pediátricas em 2025 em comparação com 2024 é preocupante, com a maioria dos óbitos ocorrendo entre não vacinados. “A vacinação salva vidas. É essencial manter o cartão vacinal atualizado para evitar agravamentos e óbitos”, reforça.

Entre os registros de óbitos por influenza, 83,9% foram de pessoas com vacinação desatualizada ou incompleta, enquanto 11,9% não estavam vacinadas. No caso da covid-19, 75,7% das mortes ocorreram entre pessoas com vacinação atrasada e 8,3% entre não vacinadas. As faixas etárias mais atingidas foram crianças de 0 a 9 anos e idosos com mais de 60 anos.
A vacinação, segura e acessível, está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também em vacimóveis que circulam por diversas regiões do estado. “Minas tem capacidade para vacinar toda a população. Se for necessário, vamos solicitar mais doses ao Ministério da Saúde”, garantiu Baccheretti.
Paralelamente à campanha de imunização, o Governo de Minas reforçou a rede hospitalar para enfrentar o aumento de casos. Foram abertos 58 novos leitos estaduais, incluindo dez de UTI pediátrica no Hospital João XXIII; dez de UTI neonatal, dez de UTI adulto e dez de enfermaria no Hospital Júlia Kubitschek; além de dez leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) e quatro de UTI neonatal na Maternidade Odete Valadares. No último sábado (7/6), o Hospital Eduardo de Menezes abriu ainda quatro leitos de enfermaria adulto, e outros seis estão previstos para abertura ao longo da semana.
A campanha de vacinação contra a influenza teve início em 7 de abril e, a partir de 28 do mesmo mês, passou a abranger todas as pessoas com mais de seis meses de idade. Até 6 de junho, foram aplicadas 4.826.250 doses em Minas, com cobertura de 41,89% entre o público prioritário.
Fazem parte desse grupo crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, idosos com 60 anos ou mais, pessoas com doenças crônicas, indígenas, quilombolas, profissionais da saúde, professores, pessoas em situação de rua e trabalhadores de setores essenciais como os Correios.
A vacina disponibilizada protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B, principais responsáveis pelas formas graves da doença. Além de reduzir internações, a imunização é fundamental para evitar complicações como a SRAG.
“A população pode procurar as UBS, unidades móveis e vacimóveis para se imunizar. Vacinar-se é um cuidado necessário e urgente. Superar esse momento de sazonalidade exige responsabilidade individual e coletiva”, finaliza Baccheretti.