Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.
É notícia? tá no Plox
Política
Abin paralela monitorou informações sobre morte de Marielle, diz PF
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, determinou nesta quinta-feira (11) a retirada do sigilo da apuração
11/07/2024 às 19:46por Redação Plox
11/07/2024 às 19:46
— por Redação Plox
Compartilhe a notícia:
A Polícia Federal (PF) revelou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada durante o governo de Jair Bolsonaro para acompanhar ilegalmente a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018. Esta descoberta foi detalhada no relatório da investigação.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Divulgação do relatório
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, determinou nesta quinta-feira (11) a retirada do sigilo da apuração. O relatório indica que agentes da Abin foram designados para coletar informações sobre a promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro, Simone Sibilio, e o delegado da Polícia Civil do Rio, Daniel Freitas da Rosa, ambos envolvidos na investigação do homicídio.
Operações de monitoramento
Conforme a quebra de sigilo autorizada pela Justiça, dois policiais foram encarregados de buscar essas informações. A PF descobriu que, em 2019, um dos policiais imprimiu o currículo da promotora. Além disso, os investigadores encontraram um arquivo eletrônico com um "controle de denúncias" sobre o caso Marielle.
Detalhes do controle de denúncias
O arquivo continha a seguinte anotação: "Caso Marielle, total de 292 denúncias. No ano de 2019, foram 72. Nenhuma informação da família Bolsonaro. Denúncia dos Brazão, 9. São 192 denúncias mencionando milicianos como autores. Na semana do homicídio, receberam 52 denúncias do caso".
Objetivo do monitoramento
Para a PF, o objetivo do monitoramento era "antecipar eventuais referências que vinculassem o núcleo político" do esquema ilegal de monitoramento na Abin, especialmente para verificar se a família Bolsonaro seria mencionada na investigação.
Impressão de documentos
Os investigadores também destacaram que Alexandre Ramagem, então diretor da Abin e atual deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, imprimiu o relatório das diligências ilegais. "O resumo das denúncias relacionadas ao caso Marielle foi impresso pelo delegado Alexandre Ramagem enquanto diretor da Abin. A impressão de documentos e informações se prestava para que informações da inteligência pudessem ser levadas aos destinatários, em regra integrantes do núcleo político", concluiu a investigação.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.