Cachorro Joca morre após erro no transporte aéreo da Gol

Polícia conclui investigação e aponta falhas na logística

Por Plox

11/07/2024 08h30 - Atualizado há 3 meses

A Polícia Civil de Guarulhos, na Grande São Paulo, finalizou a investigação sobre a morte do cão Joca, um golden retriever de 5 anos, após um erro no transporte aéreo pela empresa Gol. O relatório final apontou que "houve efetivo erro no embarque do animal" em uma caixa de transporte lacrada, resultando na morte do cão.

Foto: Arquivo pessoal

Trajeto errado e morte em voo

Joca embarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com destino a Sinop, Mato Grosso, onde seu tutor, João Fantazzini Júnior, o aguardava. No entanto, o cão foi erroneamente enviado para Fortaleza, Ceará. Após um tempo em solo cearense, Joca foi despachado de volta para Guarulhos, onde foi encontrado morto na aeronave. O trajeto, que deveria durar cerca de 2h30min, se estendeu por aproximadamente 8 horas.

Erro humano e supervisão falha

O supervisor operacional de logística da GOLLOG, responsável pelo transporte, admitiu que a confusão ocorreu devido à proximidade dos aviões para Sinop e Fortaleza. Dois funcionários colocaram a caixa de Joca no voo errado. A situação foi descoberta somente após o desembarque em Fortaleza. O coordenador operacional detalhou que a equipe foi acionada para acompanhar o caso assim que o erro foi identificado.

Circunstâncias da morte

Segundo o relatório, Joca permaneceu cerca de 40 minutos em Fortaleza antes de ser enviado de volta a São Paulo, onde a morte foi constatada no interior da aeronave. A veterinária Fátima Martins, ao analisar o laudo oficial, afirmou que o cão sofreu um choque cardiogênico devido à hipertermia e ao estresse. "Ele teve um quadro de hipertermia e estresse que levou a um choque cardiogênico," explicou a veterinária.

Consequências e investigações adicionais

O Ministério Público e um juiz ainda irão se manifestar sobre o inquérito da Polícia Civil, podendo solicitar mais apurações. O advogado do tutor de Joca, Marcello Primo Muccio, destacou que o principal motivo da morte foi o estresse e o calor excessivo, enfatizando que o cão viajou sem o equipamento adequado de segurança.

Declarações e reações

João Fantazzini, tutor de Joca, expressou sua preocupação com a sede do animal ao receber vídeos do cão ainda vivo em Fortaleza. Infelizmente, ao chegar a Guarulhos, encontrou Joca morto. A Gol divulgou uma nota lamentando profundamente o ocorrido, afirmando que a companhia está oferecendo todo o suporte necessário ao tutor e que as investigações estão sendo conduzidas com prioridade.

Aumento da regulamentação para transporte de animais

A morte de Joca trouxe à tona a necessidade de regulamentações mais rigorosas para o transporte de animais em aeronaves, impulsionando debates sobre melhorias nos protocolos de segurança e bem-estar dos pets durante viagens aéreas.

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