PF investiga grupo que usava sistema da Abin para espionagem

De acordo com a PF, o grupo mirava membros dos Três Poderes e jornalistas, criando perfis falsos e disseminando informações sabidamente falsas

Por Plox

11/07/2024 09h46 - Atualizado há 3 meses

Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal (PF) deu início à 4ª fase da Operação Última Milha, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa responsável pela vigilância ilegal de autoridades públicas e pela produção de notícias falsas. O grupo utilizava sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para realizar suas atividades ilícitas.

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Foto: Divulgação/PF

Ação policial e mandados cumpridos

Policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações ocorreram nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora (MG), Salvador e São Paulo.

Alvos e métodos do grupo criminoso

De acordo com a PF, o grupo mirava membros dos Três Poderes e jornalistas, criando perfis falsos e disseminando informações sabidamente falsas. A nota da PF destaca que "a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”.

Acusações e possíveis penas

Os investigados podem ser acusados de crimes como organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Histórico da Operação Última Milha

A Operação Última Milha teve sua primeira fase deflagrada em outubro do ano passado, quando a PF começou a investigar o uso indevido de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial, por servidores da própria Abin. A PF informou na época que “o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”.

A ação contínua da Polícia Federal demonstra o compromisso das autoridades em combater atividades criminosas que ameaçam a segurança e a privacidade de cidadãos e agentes públicos no Brasil.

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