Acusado de má gestão, ex-presidente do Cruzeiro usou cartão do clube para adquirir terno de R$ 10 mil
Wagner Pires terá parte da aposentadoria bloqueada pela Justiça após gasto de luxo com recursos do clube
Por Plox
11/08/2025 13h22 - Atualizado há 12 dias
Wagner Antônio Pires de Sá, ex-presidente do Cruzeiro, teve mais de R$ 25 mil bloqueados pela Justiça por uso indevido do cartão corporativo do clube. A decisão, proferida neste mês pelo juiz Fernando Lamego Sleumer, da 30ª Vara Cível de Belo Horizonte, aponta que o dirigente solicitou a um funcionário a compra de um terno de grife de R$ 10 mil com recursos do clube.

O montante, que aumentou cerca de 150% devido a correções, será quitado por meio do bloqueio mensal de 20% da aposentadoria líquida de Wagner, conforme determinação do magistrado. A defesa sustenta que os gastos foram feitos em prol do Cruzeiro e informou que irá recorrer da decisão.
Wagner comandou o clube entre 2018 e 2019, período em que o Cruzeiro conquistou a Copa do Brasil de 2018 e o Campeonato Mineiro de 2019. Porém, a gestão ficou marcada pelo primeiro rebaixamento à Série B da história da equipe e por uma crise financeira sem precedentes. Ao lado de seu vice, Itair Machado, foi acusado de crimes como lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa.
O Ministério Público de Minas Gerais apontou um prejuízo de R$ 6,5 milhões aos cofres do clube. Em 2022, Wagner foi expulso do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, e os processos judiciais contra ele seguem em andamento.