Deolane Bezerra é enviada ao mesmo presídio que condenadas por canibalismo
Advogada e influenciadora digital foi transferida após descumprir restrições da prisão domiciliar. Colônia Penal Feminina de Buíque enfrenta grave superlotação.
Por Plox
11/09/2024 07h27 - Atualizado há 24 dias
Nesta terça-feira (10), Deolane Bezerra, advogada e influenciadora digital, foi transferida para a Colônia Penal Feminina de Buíque, no agreste de Pernambuco, após ter sua prisão domiciliar revogada. A decisão foi tomada pela Justiça de Pernambuco, alegando que a ex-participante do reality show "A Fazenda" descumpriu as restrições impostas durante sua prisão domiciliar.
Superlotação no presídio
O presídio onde Deolane Bezerra cumprirá sua pena, localizado a 280 km de Recife, enfrenta uma situação de superlotação alarmante. Projetado para abrigar 107 detentas, o local atualmente abriga 264 presas, mais que o dobro de sua capacidade.
Condenadas por canibalismo no mesmo presídio
A unidade prisional também abriga Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva, duas integrantes do famoso trio conhecido como os "Canibais de Garanhuns". Em 2012, Isabel e Bruna, juntamente com Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, foram condenados pelo assassinato de várias pessoas, incluindo uma criança de cinco anos. Os criminosos admitiram usar partes dos corpos das vítimas para fazer empadas, que eram vendidas nas ruas de Garanhuns, ganhando notoriedade mundial pelo caso macabro.
Decisão judicial para manter a ordem pública
A juíza Andréa Calado da Cruz foi responsável pela decisão de enviar Deolane Bezerra para a Colônia Penal Feminina de Buíque. Segundo a magistrada, a influenciadora digital tem o potencial de mobilizar seus fãs e influenciar a opinião pública, o que poderia causar tumulto se ela permanecesse em uma unidade prisional mais próxima da capital pernambucana. “Com vistas a resguardar a paz pública, determino que a investigada seja recolhida à Colônia Penal Feminina de Buíque. Essa medida visa garantir a manutenção da ordem social e assegurar que a investigada esteja em um ambiente mais adequado para a preservação da tranquilidade pública”, justificou a juíza em sua decisão.