Surto de hepatite A atinge jovens e dobra casos no Rio

Os casos de hepatite A registrados na cidade do Rio de Janeiro dobraram em 2025, chamando a atenção das autoridades de saúde. De janeiro a agosto, foram confirmados 478 diagnósticos, número que representa o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando houve 239 ocorrências.

Foto: Reprodução

A doença, causada por um vírus transmitido principalmente por via fecal-oral, pode ser adquirida pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Embora muitos pacientes apresentem sintomas leves, a hepatite A pode evoluir para quadros mais graves. Segundo o infectologista Marcos Lago, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em casos mais severos, a infecção pode provocar hepatite fulminante, que pode levar à morte.

O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, ressaltou a preocupação com o aumento expressivo da doença e o perfil dos pacientes afetados.

“Estamos diante de um crescimento considerável, inclusive com casos que exigem internação. A maior incidência está entre jovens com vida sexual ativa, o que reforça a importância da prevenção e da imunização”,

destacou Soranz.

A vacinação contra hepatite A está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas é destinada a grupos prioritários, como crianças entre 1 e 5 anos, pessoas imunossuprimidas, portadores de doenças hepáticas, usuários da PrEP e profissionais do sexo. O acompanhamento médico para os infectados é oferecido nas unidades básicas de saúde da capital fluminense.

Além da vacina, medidas simples de higiene ajudam na prevenção. Lavar bem as mãos, higienizar frutas e verduras, cozinhar adequadamente os alimentos, evitar contato com esgoto e usar preservativos nas relações sexuais são práticas recomendadas por especialistas. A analista Tatiana da Costa reforçou que os cuidados começam dentro de casa:

“Manter a higiene é essencial. Saúde é o nosso bem mais precioso.”