A deputada estadual Lohanna (PV), de Minas Gerais, denunciou através de suas redes sociais na última quarta-feira, 11 de outubro, que foi alvo de novas ameaças por criminosos. Essa não é a primeira vez que a parlamentar enfrenta situações de risco; em agosto, já havia registrado um boletim de ocorrência por outras intimidações.

Lohanna revelou que os criminosos detalharam um plano de estupro contra ela por e-mail, uma descrição tão perturbadora que a fez refletir antes de torná-la pública. "Publicizar mais essa ameaça não é uma decisão simples. Passa, inclusive, por preocupar novamente minha família e amigos. Mas, ao publicizar, me recuso a entrar na espiral de silenciamento imposta a toda mulher ameaçada na política", comentou a deputada.

Detalhes sob sigilo Optando por precauções de segurança, Lohanna não divulgou pormenores sobre o plano, que incluía nomes e locais específicos. Entretanto, a assessoria da deputada salientou que o conteúdo das mensagens é semelhante a outras já recebidas anteriormente, sugerindo a possibilidade de um ataque coletivo.

Busca por Justiça Na sequência de ameaças anteriores, a parlamentar buscou o auxílio do governo federal e do Ministro da Justiça, Flávio Dino. Agora, ela reiterou a necessidade de ação, entrando em contato com o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, expondo a situação crítica vivenciada por parlamentares mineiras e pedindo providências imediatas.

Lohanna também critica a lentidão nas investigações. "A cada dia que se passa sem que alguém seja preso ou responsabilizado, há um fortalecimento do clima de permissividade", apontou.

Proteção e esperança Desde agosto, após as primeiras ameaças, Lohanna tem contado com uma escolta policial 24 horas por dia. A assessoria confirmou que um novo registro policial foi efetuado em decorrência das ameaças recentes. A deputada conclui: “Espero que a Polícia Federal e o Ministro Flavio Dino também tenham atenção ao que está acontecendo, já que essa rede de ódio é organizada por todo o país e se associa a crimes graves”.