O Santuário do Caraça, que sofreu perdas financeiras superiores a R$ 1 milhão e teve cerca de 5.000 hectares de biodiversidade devastados pelo fogo, voltou a receber visitantes no sistema day use. A reabertura permite a entrada de até 150 pessoas por dia, seguindo a ordem de chegada, com o objetivo de garantir tanto a segurança dos turistas quanto a preservação do patrimônio natural. As hospedagens continuam operando normalmente.

Tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Estadual, o complexo do Caraça é reconhecido como uma das "Sete Maravilhas da Estrada Real" e abriga um conjunto arquitetônico importante, incluindo a primeira igreja neogótica do Brasil, um antigo colégio transformado em museu e biblioteca, além de uma pousada com 57 apartamentos. A região é conhecida pela rica biodiversidade, abrigando diversas espécies de animais e plantas, algumas exclusivas da área de transição entre Mata Atlântica e Cerrado.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural do Santuário do Caraça integra importantes reservas ecológicas, como as Biosferas da Serra do Espinhaço Sul e da Mata Atlântica. A área ainda desempenha um papel essencial na proteção de nascentes que alimentam duas importantes bacias hidrográficas, as do rio São Francisco e do rio Doce, que abastecem grande parte da população de Belo Horizonte e sua região metropolitana.