Quatro em cada dez brasileiros afirma insatisfação com vida sexual e amorosa

Estudo destaca principais queixas e como enfrentá-las para melhorar relações e satisfação pessoal

Por Plox

11/10/2024 08h03 - Atualizado há 11 dias

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, chamada "Love Life Satisfaction", apontou que 40% dos brasileiros estão insatisfeitos com suas vidas sexual e amorosa. O levantamento, feito no final de 2022, ouviu 22 mil pessoas de 32 países e revelou que o índice de satisfação no Brasil (60%) está abaixo da média global de 63%.

No âmbito sexual, uma das maiores queixas relatadas é a falta de comunicação. O terapeuta tântrico e educador sexual Fèrnando Ravi destaca que a ausência de diálogo entre os parceiros pode levar à insatisfação nos relacionamentos e até a problemas fisiológicos, afetando o prazer. Segundo ele, essa dificuldade de se expressar também afeta a capacidade de impor limites e comunicar sentimentos.

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Uma outra pesquisa, do aplicativo de relacionamentos Happn, confirma a relevância da comunicação, mostrando que 95% dos brasileiros acreditam que o diálogo claro sobre desejos e limites é crucial para melhorar a intimidade.

Para a cuidadora Geisy Natana, de 31 anos, o diálogo é fundamental para uma vida sexual satisfatória. Ela afirma que conhecer as preferências mútuas e variar a rotina contribuem para manter a chama acesa no relacionamento.

A falta de comunicação, contudo, é uma reclamação comum em consultórios. A sexóloga Enylda Motta explica que muitas pessoas sentem falta de carinho verbal ou expressões de afeto. Além disso, a centralização do sexo em torno dos órgãos genitais e a ausência de preliminares são apontadas como fatores que prejudicam a satisfação.

O autoconhecimento é outro ponto relevante. Especialistas como Fèrnando Ravi ressaltam que o pouco conhecimento sobre o próprio corpo, especialmente entre as mulheres, é um desafio. A repressão social sobre a sexualidade feminina pode dificultar a percepção do prazer e o alcance do orgasmo, resultando em uma insatisfação contínua.

Estudos como o Mosaico 2.0, realizado em 2016, também evidenciam que as mulheres enfrentam barreiras como a falta de desejo sexual, dificuldade em atingir o orgasmo e dor durante a relação. Entre os homens, as queixas mais frequentes incluem problemas de ejaculação, ereção e baixo desejo sexual.

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