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    Cruzeiro e Atlético veem horizonte nebuloso no Brasileirão

    O que piorou tudo, principalmente para o Cruzeiro, foi que as campanhas nas competições de copa tomaram prioridade sobre o Brasileirão

    Por Plox

    11/11/2019 13h32 - Atualizado há mais de 4 anos

    No papel, tanto o ano do Cruzeiro quanto o do Atlético Mineiro continha um bom grau de otimismo. Com os times do Rio de Janeiro, exceto o Flamengo, em crise mais do que aparente e os de São Paulo – com exceção do Palmeiras – também enfrentando problemas de identidade, abria-se espaço para que a dupla mineira pudesse se projetar no cenário nacional de maneira firme na temporada atual.

    cruzeiroFoto: reprodução/Cruzeiro


    Na prática, infelizmente, as coisas foram pelo caminho contrário. A vitória do Cruzeiro em cima do Galo no campeonato estadual de Minas Gerais não conseguiu mascarar as crises de gestão por que o clube passava. E o Atlético, por sua vez, mostrou-se mais fraco do que se imaginava, com seu técnico Levir Culpi já apresentando sinais claros de desgaste, que levaram à sua demissão em abril após uma derrota acachapante para o Cerro Porteño na Copa Libertadores.


    Pelo formato da temporada de futebol no Brasil, as esperanças seriam carregadas para a segunda metade do ano, quando os títulos nacionais, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, seriam disputados. Entretanto, mais decepção estava reservada para os dois grandes times mineiros.


    O Atlético, após já ter falhado em se classificar ao “mata-mata” da Libertadores por conta da sua fraca campanha na fase de grupos da competição, se viu eliminado de maneira antecipada na Copa do Brasil para o Cruzeiro. Logo depois, o Cruzeiro seria tirado do páreo na Copa nacional pelo finalista Internacional, com a derrota por 1 a 0 no primeiro jogo garantindo também a saída do técnico Mano Menezes – com quem o Cruzeiro ganhou as edições de 2017 e 2018 da Copa do Brasil.

    O que piorou tudo, principalmente para o Cruzeiro, foi que as campanhas nas competições de copa tomaram prioridade sobre o Brasileirão. Com isso, ambos os times se colocaram em uma posição difícil na tabela. Hoje, de acordo com plataformas como a da Betfair, que reúne as melhores dicas de apostas esportivas, tanto Atlético quanto Cruzeiro estão entre os times que menos têm chance de alcançar o primeiro lugar da tabela. Tal afastamento acaba por refletir o perigo de rebaixamento pelo qual os times passam por conta do mau desempenho na liga.


    O Cruzeiro continua tendo a situação mais calamitosa. O técnico que entrou no lugar de Mano Menezes, o ex-goleiro são-paulino Rogério Ceni, ficou no cargo por apenas algumas semanas antes de voltar ao Fortaleza. Em seu lugar entrou Abel Braga, o veterano que estava afastado dos campos desde a sua demissão do Flamengo durante a parada de campeonato para a realização da Copa América, em junho.


    Esse caos era reproduzido no campo. Até o dia 11 de outubro, o Cruzeiro acumulava cinco derrotas e três empates em oito jogos. Isso inclui a derrota por 3 a 0 para o Internacional, que apenas aprofundou a crise interna, jogando jogadores, direção e técnicos uns contra os outros.


    O Atlético, por sua vez, não está muito melhor das pernas. O time só quebrou uma sequência de cinco derrotas seguidas em setembro, com uma vitória sobre o Colón, da Argentina, na Copa Sul-Americana, mas acabou sendo eliminado da competição nos pênaltis. Entretanto, os problemas tanto do ataque, que pouco produz, quanto da defesa, à qual falta solidez, permanecem.


    Assim se forma um cenário não muito otimista para os dois times mineiros, com o Cruzeiro já fazendo parte do grupo da zona de rebaixamento junto com Ceará, Avaí e Chapecoense, e o Atlético perigando se juntar ao conjunto. A essa altura do campeonato, a mudança de comando técnico provavelmente não terá o efeito necessário para reverter o quadro dos dois clubes.


    O que resta de fato é que os clubes consigam achar harmonia fora dos gramados e que traduzam esse equilíbrio no campo e na bola. Uma vez que reforços por meio de novos jogadores já estão fora de cogitação, é preciso fazer muito mais com o que já se encontra disponível antes que seja tarde demais para evitar os problemas à vista.
     

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