Bolsonaro vai desonerar folha de pagamento por mais 2 anos

A equipe do governo se reuniu nesta quinta-feira com empresários de sete setores, dentre eles, comunicação, produção e indústria

Por Plox

11/11/2021 20h38 - Atualizado há mais de 2 anos

O presidente da República, Jair Bolsonaro, informou a decisão de desonerar a folha de pagamento por mais dois anos durante seu discurso em um evento aqui no Palácio do Planalto. A afirmação foi feita após reunião com os ministros, Paulo Guedes, da Economia, e Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. A equipe do governo se reuniu nesta quinta-feira com empresários de sete setores, dentre eles, comunicação, produção e indústria.

 

A desoneração permite a substituição de uma contribuição previdenciária de 20% sobre os salários dos empregados por uma alíquota de 1 a 4,5% sobre a receita bruta. Isso significa, a prorrogação destes incentivos fiscais que perderiam a validade no fim deste ano, isso é, em dezembro. Os 17 setores da economia que podem se beneficiar do projeto são os que mais empregam no Brasil, dentre eles a construção civil, comunicação, indústria têxtil e de calçados, equipamentos, máquinas, proteína animal e outros.

Ao sair do encontro com Jair Bolsonaro, alguns empresários conversaram com a imprensa. Segundo a empresária e presidente da Federação Nacional de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações, Informática e Comunicação, Vivien Mello Suruagy: “Se nós não tivermos a continuidade da desoneração a nossa previsão é demissão nos setores de tecnologia da informação e telecomunicações em torno de 490 mil trabalhadores, isso é muito sério” afirmou Vivien.

John Anthony Christian, presidente da Associação Brasileira de Telesserviços afirmou que se houver a desoneração eles poderão continuar com o plano de crescimento e contratações no próximo ano e ainda, acreditam em novas contratações, em torno de 80 a 100 mil novos empregos já no próximo ano, além de evitar demissões. 

Nessa quarta-feira (10) o deputado Marcelo Freitas, do PSL de Minas Gerais, apresentou um parecer favorável no projeto que mantém a desoneração por mais cinco anos, isso é até o fim de 2026.

A proposta vai de encontro à necessidade de fomentar a economia do país neste atual contexto. 

A previsão do deputado Freitas é que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vote o projeto já na próxima quarta-feira (17) de forma conclusiva, assim ele não precisa ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados e prosseguiria direto para o Senado. 

Depois da aprovação da PEC dos Precatórios em segundo turno na Câmara, o presidente Arthur Lira acredita que poderá votar sobre os incentivos.


 

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