Autoridades de saúde investigam possível caso de ‘doença da vaca louca’ em Caratinga

Amostras do paciente foram enviadas a Belo Horizonte para análise; autoridades monitoram o caso enquanto aguardam resultados.

Por Plox

11/11/2024 13h10 - Atualizado há 27 dias

Um caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como “doença da vaca louca”, foi registrado em Caratinga, Minas Gerais. O paciente encontra-se internado no Casu Hospital Irmã Denise, e amostras foram coletadas e encaminhadas à Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, para análise. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano, confirmou a suspeita, mas enfatizou que, até o momento, não há qualquer confirmação da doença no estado.

Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Sobre a doença da vaca louca

A doença da vaca louca é uma enfermidade neurodegenerativa crônica que afeta bovinos, podendo ser transmitida aos humanos pela ingestão de carne contaminada. Em seres humanos, a doença se manifesta por meio de uma série de sintomas neurológicos que incluem agitação motora, alucinações, perda de memória, ansiedade, depressão e outros sinais que afetam o sistema nervoso central. Trata-se de uma doença fatal, sem tratamento ou diagnóstico definitivo enquanto o animal está vivo, podendo ser confirmada apenas após a análise do cérebro post-mortem.

Monitoramento e ações da SES-MG

A SES-MG informou que equipes de saúde estão em alerta para quaisquer novos sinais ou ocorrências relacionadas à doença e se dedicam ao diagnóstico diferencial, visando oferecer o melhor atendimento ao paciente. Até o momento, detalhes adicionais sobre o caso, como idade e o momento em que os sintomas começaram, não foram divulgados pelo hospital ou pela secretaria.

Casos de EEB no Brasil

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, revelou que, ao longo de duas décadas de monitoramento da doença, o Brasil nunca registrou a forma clássica da EEB, geralmente transmitida entre bovinos por meio da alimentação. Desde o início dos anos 2000, os esforços de vigilância se mantêm para assegurar a segurança alimentar e monitorar potenciais casos da doença no país.

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