Facção criminosa oferece R$ 3 milhões por morte de empresário delator do PCC
Entrevista inédita de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach será reprisada pela Record
Por Plox
11/11/2024 09h26 - Atualizado há 28 dias
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, empresário que colaborou como delator em investigações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), foi executado no Aeroporto de Guarulhos na última sexta-feira (8). A facção, em retaliação ao acordo de delação premiada firmado por Gritzbach com a Justiça, ofereceu uma recompensa de R$ 3 milhões por sua morte.
Entrevista com revelações inéditas
A Record TV anunciou a reexibição de uma entrevista concedida por Gritzbach ao jornalista Roberto Cabrini em fevereiro deste ano, com destaque no programa "Domingo Espetacular" deste domingo (10). Na ocasião, o empresário comentou sobre as ameaças que sofria e, ao ser perguntado se temia ser assassinado, revelou suas preocupações e se defendeu das acusações, afirmando ser uma “pessoa do bem” e negando envolvimento em atividades criminosas.
Investigações e antecedentes
Gritzbach estava no centro de uma das mais complexas investigações relacionadas à lavagem de dinheiro para o PCC, especialmente em ações no bairro do Tatuapé, em São Paulo. Sua atuação era parte de uma ampla rede que movimentava capitais oriundos do tráfico internacional de drogas, destinados ao crime organizado.
Relação com figuras-chave do PCC
A trajetória do empresário o ligou a nomes influentes do submundo criminal. Ainda como corretor de imóveis da construtora Porte Engenharia, Gritzbach se aproximou do grupo liderado por Anselmo Bechelli Santa Fausta, conhecido como "Cara Preta", uma figura importante no tráfico de drogas. Em 2021, Gritzbach foi acusado de ter ordenado a morte de Cara Preta e de seu segurança, apelidado de "Sem Sangue". Essa acusação teria sido um dos principais motivos para a facção decretar uma sentença de morte contra ele.