Infestação do Aedes aegypti atinge 5% em Ipatinga no último LIRAa de 2024
Aumento no índice de infestação em relação a 2023 alerta população sobre a necessidade de prevenção
Por Plox
11/11/2024 17h25 - Atualizado há 3 meses
A Secretaria de Saúde de Ipatinga divulgou, nesta segunda-feira (11), os resultados do último Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2024, indicando um índice de infestação de 5%. O índice representa um aumento de 1,4% ponto percentual em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a média foi de 3,6%. Embora tenha havido elevações maiores no decorrer deste ano, com um pico registrado em janeiro de 7,4%, o crescimento recente preocupa diante da chegada do verão, estação que favorece a proliferação do mosquito. O levantamento foi feito entre os dias 4 e 8 de novembro.
Impacto das chuvas e apelo para ações preventivas
Com a aproximação do verão e o aumento das chuvas, é comum que os índices de infestação de Aedes aegypti aumentem, pois o mosquito encontra condições ideais em ambientes quentes e úmidos. "A dengue é uma doença cujo período de maior transmissão coincide com o verão, devido aos fatores climáticos favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti em ambientes quentes e úmidos. Por isso, é essencial que a população intensifique as medidas de controle vetorial nesta época do ano", destacou Walisson Medeiros, secretário de Saúde.

Ações intensificadas pela prefeitura
Para combater os focos do mosquito, a Prefeitura de Ipatinga realiza campanhas de conscientização e visitas a locais estratégicos durante todo o ano. As ações incluem a eliminação de materiais que possam acumular água e a aplicação de larvicidas. Com o novo levantamento em mãos, a administração municipal, através da Seção de Controle de Zoonoses (SCZ), planeja intensificar as intervenções especialmente nos bairros que apresentaram índices mais altos de infestação.

Medidas recomendadas para a população
O poder público faz um apelo para que a população adote medidas simples, mas eficazes, que ajudam a reduzir os criadouros do Aedes aegypti, como substituir a água dos pratos de vasos por areia, manter caixas d’água tampadas, cobrir reservatórios de água e remover objetos que possam acumular água em áreas externas de residências. Segundo o levantamento, a maioria dos focos de criadouros está concentrada em áreas domiciliares, o que torna a participação da comunidade crucial no combate à proliferação.

Infestação por regiões
Na última vistoria do ano, os bairros e regiões com maiores índices de infestação foram identificados. A Vila Celeste registrou o índice mais alto, com 8,5%. Outras áreas com elevado percentual incluem: Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Barra Alegre e Chácaras Oliveira, com 7,6%; Canaãzinho e Vila Militar, com 5,8%; e os bairros Imbaúbas, Bom Retiro, Bela Vista, Das Águas, Cariru, Castelo, Vila Ipanema, Centro, Novo Cruzeiro e Parque Ipanema, com 5,1%. Já as regiões de Esperança e Ideal apresentaram 5,7%; Granjas Vagalume e Bethânia, 5%; Bom Jardim, Ferroviários, Horto, Área Industrial e Usipa, 4,8%; Veneza, 4,1%; Caravelas e Jardim Panorama, 3,7%; Cidade Nobre e Iguaçu, 3%; e Tiradentes e Canaã, 1,7%.
A divulgação desses dados reforça a importância da atuação conjunta entre poder público e população para combater a proliferação do Aedes aegypti, especialmente em áreas com maior incidência, contribuindo para a redução dos casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito.

