Lula acredita que enfrentar Bolsonaro em 2026 seria caminho mais fácil para vencer

A análise de Lula tem base no contexto atual, onde erros e polêmicas envolvendo Bolsonaro podem pesar negativamente caso ele volte à disputa presidencial.

Por Plox

11/11/2024 11h12 - Atualizado há 3 meses

O ex-presidente Lula avalia que disputar a eleição de 2026 contra Jair Bolsonaro, se este conseguir recuperar sua elegibilidade, seria a melhor opção para o PT. Segundo Lula, enfrentar o ex-presidente representa uma disputa mais acessível do que se oponente fosse um nome alternativo da direita, como Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, ou algum representante de centro-direita. A análise de Lula tem base no contexto atual, onde erros e polêmicas envolvendo Bolsonaro podem pesar negativamente caso ele volte à disputa presidencial.

Bolsonaristas e a euforia com vitória de Trump

A recente vitória de Donald Trump nos Estados Unidos impulsionou o ânimo entre alguns apoiadores de Bolsonaro, gerando esperanças em parte da direita de que Bolsonaro, agora inelegível até 2030, pudesse se beneficiar de uma possível intervenção estrangeira. Em Minas Gerais, um deputado bolsonarista chegou a afirmar que Trump “mandará a CIA ao Brasil” para comprovar a inocência de Bolsonaro, permitindo que ele volte à corrida presidencial. Lula, por sua vez, ironizou a situação, mencionando que a recuperação da elegibilidade de Bolsonaro poderia facilitar uma vitória petista ao colocar, novamente, dois extremos em confronto.

Rejeição e polarização: uma barreira para Bolsonaro

Lula sustenta que a polarização entre direita e esquerda seria menos danosa em uma disputa com Bolsonaro, devido à rejeição e desgaste acumulado pelo ex-presidente ao longo dos anos. Esse cenário, segundo Lula, coloca Bolsonaro em desvantagem frente à alternativa de uma candidatura de centro, que vem ganhando força, como observado nas recentes eleições municipais no Brasil, onde o centro político se destacou em vitórias por todo o país.

Fuad Noman e a municipalização do Anel Rodoviário

Na capital mineira, Belo Horizonte, o prefeito reeleito Fuad Noman (PSD) celebrou um avanço significativo com o anúncio da municipalização do Anel Rodoviário, após negociações que contaram com o presidente Lula e ministros. Esta conquista é considerada uma das mais importantes na administração pública da cidade em décadas e impulsiona a imagem do prefeito. Para gerenciar as melhorias e o desenvolvimento da “nova avenida” da cidade, Fuad decidiu criar um núcleo especializado exclusivamente nessa operação.

CNN BrasilCréditos: CNN Bras

Simões e Zema: apoio ao discurso de direita

Mateus Simões, governador em exercício de Minas Gerais, manifestou seu apoio à direita, declarando que sua “grande preocupação hoje é tirar a esquerda de Brasília”. Ele ecoou o discurso conservador durante evento recente, alinhando-se ao governador Romeu Zema, que busca expandir sua imagem fora do estado apesar de enfrentar rejeição elevada em Belo Horizonte, com índices de desaprovação em torno de 55%, conforme pesquisas eleitorais.

Evento reúne prefeitos eleitos de Minas Gerais

Em Belo Horizonte, começa hoje o 7º Congresso Mineiro de Novos Gestores, promovido pela Associação Mineira de Municípios (AMM). O evento é direcionado aos 853 prefeitos mineiros eleitos e reeleitos, com o objetivo de preparar os gestores para o início de seus mandatos a partir de janeiro. Entre os temas centrais do encontro, estão a transição de governo e o planejamento dos primeiros 100 dias de administração, considerados cruciais para o sucesso da nova gestão.

Célia Xakriabá faz história como primeira indígena doutora na UFMG

A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL/MG) conquistou o título de doutora em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, tornando-se a primeira mulher indígena a alcançar essa distinção na instituição. Em sua tese, intitulada “Ancestraliterra – Sabedoria indígena na política e na universidade”, Célia defende a importância dos saberes tradicionais e do entendimento do território como uma extensão do corpo. Ela ressalta o valor da caneta como ferramenta que pode tanto promover justiça, escrevendo leis, quanto oprimir, dependendo de como é usada.

Sucessão no Ministério Público de Minas Gerais

O processo de sucessão para o cargo de procurador-geral de Justiça de Minas Gerais conta com quatro candidatos que se enfrentam em debate nesta segunda-feira (11). Promovido pela Associação Mineira do Ministério Público, o evento reúne Carlos Mariani Bittencourt, Geraldo Flávio Marques, Marcos Tofani Bahia e Paulo de Tarso Morais. Após o debate, três desses nomes serão eleitos pelos membros do MP para compor a lista tríplice, a partir da qual o governador escolherá o novo procurador-geral.

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