Alistamento militar para mulheres começa no próximo ano; veja como funciona

Nova medida visa ampliar a participação feminina em serviços de combate e outras áreas militares.

Por Plox

11/12/2024 12h05 - Atualizado há cerca de 6 horas

A partir de 1º de janeiro de 2025, mulheres poderão se alistar voluntariamente nas Forças Armadas do Brasil. O alistamento será destinado a jovens que completam 18 anos no ano da inscrição, sendo o prazo para 2025 entre 1º de janeiro e 30 de junho. Diferentemente do serviço militar masculino, que é obrigatório, a participação feminina será opcional, mas incluirá atividades de combate.

Objetivo: ampliar a presença feminina
Atualmente, apenas 10% do efetivo militar é composto por mulheres, número que representa cerca de 37 mil integrantes. A meta é dobrar essa porcentagem para 20% nos próximos 10 anos. Inicialmente, serão oferecidas 1.465 vagas distribuídas entre o Exército, Marinha e Aeronáutica em 28 cidades de 13 Estados e o Distrito Federal, incluindo Belo Horizonte, Juiz de Fora e Lagoa Santa, em Minas Gerais.

Estrutura adaptada para mulheres
O treinamento das mulheres será semelhante ao dos homens, com acesso a armamentos e treinamento físico, porém respeitando as especificidades de gênero. Estruturas militares já existentes, que possuem experiência com o serviço militar feminino, serão adaptadas para receber as novas recrutas.

Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

 

Direitos iguais e processo seletivo
As mulheres voluntárias terão os mesmos direitos e benefícios oferecidos aos homens, como remuneração equivalente, auxílio-alimentação, contagem de tempo para aposentadoria e licença-maternidade. O serviço militar terá duração inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até oito anos.

O alistamento poderá ser feito de forma presencial nas Juntas de Serviço Militar ou pelo site oficial (alistamento.eb.mil.br). O processo inclui entrevista, exames clínicos e laboratoriais e testes físicos.

Força e integração feminina
O contra-almirante André Gustavo Guimarães destacou que o projeto será implementado com cautela para garantir segurança e interesse das mulheres. "É uma adaptação que inclui não só as estruturas, mas também o preparo das pessoas que trabalharão com essas jovens."

Com o início do programa, o Brasil dá um passo significativo para integrar mais mulheres às Forças Armadas, promovendo diversidade e inclusão no espaço militar.

 

 

 

 

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