Correios enfrentam risco de despejo em mais de 200 imóveis devido a dívidas bilionárias

Déficit da estatal em 2024 ultrapassa R$ 2 bilhões, colocando em risco agências, centros de distribuição e unidades de tratamento.

Por Plox

11/12/2024 17h06 - Atualizado há cerca de 4 horas

Os Correios, uma das maiores estatais do Brasil, enfrentam um cenário crítico com a possibilidade de despejo de mais de 200 imóveis alugados, resultado de um déficit de R$ 2 bilhões acumulado entre janeiro e setembro de 2024. O rombo pode superar os R$ 2,1 bilhões registrados em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

Ações judiciais e risco de despejo
De acordo com informações divulgadas pelo site Poder360, um documento interno da estatal, datado de 30 de outubro de 2024, revelou que 122 imóveis já estão sob ações de despejo por inadimplência. Caso os débitos não sejam quitados, os despejos podem ser efetivados a partir de 30 de novembro de 2024.

Além disso, há 127 contratos de aluguel com vencimento programado até o fim do ano, elevando para 206 o número total de imóveis em risco. Entre esses locais estão:

  • 206 agências dos Correios;
  • 34 centros de distribuição domiciliar;
  • 4 unidades de tratamento de cartas e encomendas.

Tentativas de renegociação e teto de gastos
Diante da crise, a diretoria dos Correios tenta remanejar R$ 1,5 bilhão de contratos de aluguel para garantir a renovação dos imóveis em risco. Contudo, um teto de gastos imposto pela própria estatal dificulta as renovações, ao vinculá-las exclusivamente à economia gerada na negociação de outros imóveis.

Dívidas acumuladas e gestão atual
Além das pendências com aluguéis, a empresa acumula R$ 9,5 milhões em dívidas relacionadas a IPTU, taxas de condomínio e outras obrigações judiciais até outubro de 2024. A gestão da estatal está sob a presidência de Fabiano Silva dos Santos, indicado pelo grupo Prerrogativas, alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

 

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