Justiça decreta prisão preventiva de mulher suspeita de envenenar filhas gêmeas no Rio Grande do Sul
Decisão ocorre após investigação apontar mãe como principal responsável pelas mortes de Manoela e Antônia, de 6 anos, em Igrejinha (RS).
Por Plox
11/12/2024 07h35 - Atualizado há cerca de 8 horas
A Justiça decretou a prisão preventiva de Gisele Beatriz Dias, de 42 anos, suspeita de envenenar as filhas gêmeas Manoela Pereira e Antônia Pereira, ambas de 6 anos, no município de Igrejinha, no Rio Grande do Sul. A medida foi determinada nessa terça-feira (10), após a conclusão do inquérito policial que indicou a mãe como principal responsável pelas mortes.
Anteriormente, Gisele estava em prisão temporária, mas, com o vencimento do prazo, a Polícia Civil solicitou a conversão para prisão preventiva, o que foi aceito pela Justiça. O caso segue sob investigação, já que as mortes das crianças, ocorridas nos dias 7 e 15 de outubro, ainda levantam questões a serem esclarecidas.
Histórico do caso
A principal linha de investigação aponta que Manoela e Antônia foram vítimas de envenenamento. Testemunhas próximas relataram que Gisele apresentava uma postura de distanciamento em relação às filhas, enquanto manifestava mais afeto pelo filho mais velho, falecido em 2022.
O delegado responsável pelo caso afirmou que o marido de Gisele – que não é investigado como suspeito – relatou comportamento preocupante por parte da esposa. Segundo ele, “não duvidava que ela [a mãe] pudesse prejudicar as irmãs, considerando o comportamento que demonstrava ao longo da convivência familiar”.
Depoimentos reforçam suspeitas
Testemunhas ouvidas no inquérito disseram que Gisele costumava reclamar do tratamento diferenciado do marido em relação às filhas. Após a morte de Manoela, a mãe teria se posicionado contra a proposta do pai de transferir a propriedade da casa para Antônia, o que gerou novos conflitos familiares.
Outro elemento relevante foi o depoimento da filha sobrevivente do casal, uma jovem de 19 anos, que revelou à polícia que a mãe frequentemente adicionava medicamentos na comida do pai, com o objetivo de fazê-lo dormir em situações de desentendimento.
Próximos passos
A prisão preventiva tem como objetivo garantir o andamento das investigações e evitar a interferência da suspeita no processo. A Polícia Civil segue coletando depoimentos e reunindo provas para esclarecer as circunstâncias das mortes das gêmeas.