A Polícia Civil do Rio Grande do Sul obteve imagens de câmeras de segurança que registraram o momento em que o corpo de uma mulher foi jogado dentro de uma lixeira no bairro São João, em Porto Alegre (RS).
A vítima foi encontrada na noite de segunda-feira (8/12). O cadáver estava nu, com um saco de lixo na cabeça e com mãos e pernas amarradas, em uma cena descrita pelos investigadores como particularmente chocante.
De acordo com policiais que tiveram acesso às gravações, as imagens mostram parte da ação de dois homens: um deles empurra a lixeira com o corpo no interior, enquanto o outro o acompanha em uma bicicleta.
Mulher nua morta em lixeira: polícia prende suspeitos e colhe imagens
Foto: Divulgação/PCRS
A lixeira acabou chamando a atenção de uma equipe de limpeza urbana, que estranhou a posição do recipiente na via e decidiu verificar o conteúdo. Ao se deparar com o corpo, o grupo acionou imediatamente as autoridades.
A vítima foi localizada por servidores do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) durante a coleta de resíduos na Rua 15 de Novembro. Segundo o relato da equipe, o cadáver só foi percebido depois que o entulho foi despejado no caminhão de lixo.
Após a descoberta, os trabalhadores chamaram a Brigada Militar (BM), que isolou a área para o trabalho da perícia. Em seguida, a Polícia Civil realizou a remoção do corpo.
A identidade da mulher já foi confirmada pelas autoridades, mas o nome está sendo mantido em sigilo para não comprometer as investigações. Dois suspeitos de envolvimento direto no crime foram identificados e estão presos, enquanto a polícia segue em busca de outras pessoas que possam ter participado da ação.
De início, o caso era tratado como um crime relacionado exclusivamente ao tráfico de drogas. No curso das apurações, porém, surgiram elementos que mudaram a linha de investigação.
A vítima teria sido morta por dívida. Mas, durante a investigação, a polícia verificou indícios de violência doméstica. O caso passou a ser tratado como feminicídio no contexto do tráfico de drogas
delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios
O delegado acrescentou que a mulher foi agredida e provavelmente asfixiada pelos dois suspeitos já detidos. Uma testemunha relatou ter ouvido gritos e pedidos de socorro, mas, ao sair para verificar o que ocorria, percebeu que os homens já haviam fugido do local.
As diligências continuam para esclarecer a dinâmica completa do crime, identificar todos os envolvidos e reunir provas que sustentem a acusação de feminicídio em contexto de tráfico de drogas.
