Polícia

Delegada casada com empresário que matou gari tem afastamento prorrogado em MG

Ana Paula Lamego Balbino, da Polícia Civil de Minas Gerais, seguirá afastada por mais 60 dias enquanto é investigada por porte ilegal de arma e prevaricação no caso do assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes

11/12/2025 às 11:13 por Redação Plox

A delegada Ana Paula Lamego Balbino, da Polícia Civil de Minas Gerais, terá o afastamento de suas funções mantido até 9 de fevereiro de 2026. A prorrogação da licença médica por mais 60 dias foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (11). Ela já estava licenciada desde 13 de agosto, dois dias após o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, crime cometido pelo marido dela, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior.

O novo período de afastamento foi autorizado pelo diretor-geral do Hospital da Polícia Civil. O g1 informou ter procurado a defesa da delegada, mas não obteve retorno até a última atualização.

De acordo com a investigação, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, se irritou ao encontrar o caminhão de coleta parado na via, exigiu passagem e, após discutir e ameaçar a motorista do veículo, desceu armado e atirou contra os garis, atingindo Laudemir.

De acordo com a investigação, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, se irritou ao encontrar o caminhão de coleta parado na via, exigiu passagem e, após discutir e ameaçar a motorista do veículo, desceu armado e atirou contra os garis, atingindo Laudemir.

Foto: Redes Sociais


Ana Paula é investigada pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil e responde a um processo administrativo disciplinar. Ela foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo e por prevaricação, uma vez que a arma usada no homicídio pertence a ela. A Polícia Civil também foi acionada para informar o estado de saúde da delegada, mas ainda não respondeu.

Gari foi morto a tiros durante o trabalho em Belo Horizonte

Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, trabalhava na coleta de lixo no bairro Vista Alegre, na Região Oeste de Belo Horizonte, quando foi morto a tiros na manhã de 11 de agosto. De acordo com a investigação, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, se irritou ao encontrar o caminhão de coleta parado na via, exigiu passagem e, após discutir e ameaçar a motorista do veículo, desceu armado e atirou contra os garis, atingindo Laudemir.

Renê foi preso horas depois em uma academia. No primeiro depoimento, negou a autoria do crime, mas posteriormente confessou. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça, podendo pegar até 35 anos de prisão, caso seja condenado.

Delegada é investigada por arma usada no crime

A arma utilizada no assassinato do gari pertence à delegada Ana Paula Lamego Balbino. Segundo a Polícia Civil, ela tinha conhecimento de que o marido fazia uso de seu armamento, motivo pelo qual foi indiciada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e prevaricação.

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