Extra

Delegada esposa de acusado de matar gari tem licença médica prorrogada por mais 60 dias em BH

Ana Paula Lamego Balbino, mulher de Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de assassinar o gari Laudemir de Souza Fernandes, segue afastada da Polícia Civil por ao menos 180 dias, com previsão de retorno em fevereiro de 2026 e recebendo salário integral

11/12/2025 às 16:32 por Redação Plox

A delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa de Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte, teve a licença médica prorrogada mais uma vez. O novo afastamento é de 60 dias, o que fará com que ela complete pelo menos 180 dias fora de suas funções na Polícia Civil.

A delegada Ana Paula Balbino e Renê Junior, suspeito de matar gari com um tiro em BH

A delegada Ana Paula Balbino e Renê Junior, suspeito de matar gari com um tiro em BH

Foto: Reprodução / Redes Sociais


Licença é estendida até fevereiro de 2026

A ampliação do afastamento foi publicada nesta quinta-feira (11/12). De acordo com o Hospital da Polícia Civil, a delegada permanece em licença por mais 60 dias a partir desta data. Se não houver nova prorrogação, o retorno às atividades está previsto para 9 de fevereiro de 2026.

Remuneração durante o período de afastamento

Mesmo licenciada, Ana Paula continua recebendo salário. Em outubro, ela recebeu R$ 25,4 mil brutos, com vencimentos líquidos de R$ 17,8 mil após descontos. Ao longo dos seis meses de afastamento, o total pago deve superar R$ 110 mil.

Afastamento começou logo após o crime

O primeiro afastamento da delegada foi concedido em 13 de agosto, dois dias depois do assassinato de Laudemir de Souza Fernandes. Inicialmente, Renê da Silva Nogueira Júnior confessou o crime, mas posteriormente mudou a versão, negou ter atirado contra o gari e chegou a sugerir que Laudemir poderia ter sido morto por faccionados do Terceiro Comando Puro (TCP) no bairro Cabana do Pai Tomás.

Críticas e vida pessoal em meio ao caso

Em entrevista a Roberto Cabrini, da Record TV, Renê declarou estar chateado por não ter recebido visita da esposa durante quatro meses preso e afirmou que já não sabia se ainda permanecia casado.

Defesa da delegada justifica licença médica

Em nota, a defesa da delegada ressaltou que a licença médica segue os critérios legais previstos para servidores públicos e é respaldada por perícia oficial.

O servidor público em licença não pode trabalhar, por suposto. E o pressuposto do ato administrativo relativo à licença é aferido por perícia, realizada por uma junta de saúde, composta por funcionários públicos competentes, independentes e aptos a aferir a questão (condições para o exercício das funções públicas). A licença concedida, além de ser ato inerente e previsto no Direito Administrativo, tem fé pública. O motivo da licença, por óbvio, não pode ser divulgado, em razão do direito ao sigilo médico de que é titular o paciente.

advogado Leonardo Guimarães

Compartilhar a notícia

V e j a A g o r a