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Cinzas de Preta Gil são transformadas em diamante memorial para família e amigos
Crematório e Cemitério da Penitência, na zona portuária do Rio, entrega joias produzidas em laboratório a partir das cinzas da cantora, atendendo a desejo expresso em vida
11/12/2025 às 08:39por Redação Plox
11/12/2025 às 08:39
— por Redação Plox
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O Crematório e Cemitério da Penitência, na zona portuária do Rio de Janeiro, entrega nesta quarta-feira (10/12) o diamante produzido a partir das cinzas de Preta Gil, atendendo a um desejo expresso pela artista em vida. Segundo o crematório, a joia é resultado da síntese do carbono retirado das cinzas em um cristal, transformando parte dos restos da cantora em um símbolo permanente de afeto preservado pela família.
Diamante produzido a partir das cinzas de Preta Gil
Foto: Reprodução
Diamante memorial ganha espaço no Brasil
O chamado diamante memorial, produzido em laboratório a partir de cinzas humanas, vem ganhando espaço no Brasil entre famílias que buscam novas formas de homenagear entes falecidos. No caso de Preta Gil, parte das cinzas foi transformada em diamantes distribuídos a familiares e amigos próximos, enquanto outra fração permanece no columbário do cemitério.
No local, as cinzas dividem espaço com um busto realista da artista, que se tornou ponto fixo de visitação e homenagem. O espaço reforça a permanência simbólica da cantora e amplia as possibilidades de rituais afetivos em torno de sua memória.
Despedida marcada por homenagens e música
Preta Gil morreu em 20 de julho deste ano, aos 50 anos, em Nova Iorque, em decorrência de um câncer no intestino contra o qual lutava havia cerca de dois anos. Diagnosticada com câncer colorretal em 2023, a artista passou por cirurgias, quimioterapia e outros tratamentos, chegando a anunciar períodos de melhora antes de o quadro voltar a se agravar.
O velório foi realizado em 25 de julho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, espaço escolhido por ela ainda em vida. Fãs, amigos e familiares lotaram o teatro, muitos vestidos de branco em respeito à fé da artista. Uma playlist com cerca de 100 músicas selecionadas pela própria cantora embalou a despedida e reforçou a relação de Preta com a música e com o público.
Depois do velório, o corpo seguiu em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros pelo circuito de blocos de carnaval batizado de Circuito Preta Gil, até o Crematório e Cemitério da Penitência. No local, foi realizada uma cerimônia íntima na capela ecumênica, seguida da cremação.
Conexão com outros nomes da cultura brasileira
A escolha do Crematório e Cemitério da Penitência também insere Preta Gil em uma espécie de rota simbólica de despedidas de figuras marcantes da cultura brasileira. Na capela ecumênica do espaço já ocorreram cremações de nomes como o ator Ney Latorraca, a atriz Françoise Forton, o ator Milton Gonçalves, o funkeiro MC Marcinho, a atriz Aracy Balabanian e a jornalista Glória Maria.
Ao lado do busto e do columbário, o diamante produzido a partir das cinzas reforça a intenção da família de manter viva a memória da cantora por meio de novas formas de ritualizar o luto e o afeto.