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Polícia
Justiça converte em preventiva prisão de suspeito de três homicídios em Cuiabá
Detido no Aeroporto Marechal Rondon, Thiago Henrique Alves de Oliveira é investigado por três homicídios, suspeita de tráfico e ligação com o Comando Vermelho; juíza nega envio à Penitenciária Central e exige nova unidade prisional
11/12/2025 às 10:52por Redação Plox
11/12/2025 às 10:52
— por Redação Plox
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A Justiça converteu em prisão preventiva a detenção de Thiago Henrique Alves de Oliveira, realizada na última segunda-feira (08) no Aeroporto Marechal Rondon. A decisão foi tomada em audiência de custódia nesta terça-feira, na qual a juíza Henriqueta Fernanda de Lima ressaltou a gravidade dos crimes atribuídos ao investigado e o risco de continuidade de ações criminosas caso ele fosse colocado em liberdade.
Thiago Henrique Alves de Oliveira, detido na segunda-feira (08) no Aeroporto Marechal Rondon
Foto: Reprodução
Abordagem no aeroporto e tentativa de destruir provas
Thiago foi abordado por policiais logo após desembarcar no terminal. Os agentes cumpriam mandado de busca e apreensão relacionado a uma investigação que apura sua possível participação em três homicídios registrados em setembro.
Ao perceber a aproximação da equipe, ele tentou destruir possíveis provas, arremessando o próprio celular no chão para danificá-lo.
Dinheiro, joias e drogas apreendidas em residência
Depois da prisão no aeroporto, os policiais seguiram para a casa do suspeito, no bairro Morada da Serra. No imóvel, foram apreendidos R$ 10.380 em espécie, joias, vários aparelhos celulares e um Honda Civic registrado em nome de terceiro.
Na geladeira, os agentes localizaram duas porções de maconha, que somavam cerca de 19 gramas.
A defesa pediu o relaxamento da prisão, alegando que a quantidade de droga seria compatível com uso pessoal. O pedido foi negado. Para a magistrada, o conjunto de elementos — alto valor em dinheiro, bens apreendidos e renda considerada incompatível com a função declarada de auxiliar de pedreiro — reforça a suspeita de tráfico e de financiamento de atividades criminosas.
Vínculo com o Comando Vermelho e condenação anterior
Na decisão, a juíza ressalta que Thiago aparece em fotos divulgadas nas redes sociais segurando armas, exibindo grandes quantias de dinheiro e fazendo gestos atribuídos à facção Comando Vermelho. O investigado também possui condenação anterior por tráfico de drogas em Lucas do Rio Verde.
Esse histórico, somado aos indícios atuais, foi considerado pela Justiça como fundamento para manter a prisão preventiva, sob o entendimento de que a liberdade do suspeito representaria risco à ordem pública, diante da suspeita de integração a organização criminosa armada.
Medo de represálias e definição do local de custódia
A defesa apresentou ainda um pedido específico sobre o local em que Thiago deverá permanecer preso. O advogado afirmou que o cliente teme ser morto caso seja enviado para a Penitenciária Central do Estado, onde detentos teriam ameaçado sua vida em razão de um suposto envolvimento com a companheira de um preso da unidade.
A magistrada acolheu o pedido por questões de segurança e determinou que a Secretaria de Segurança Pública informe, no prazo de 10 dias, para qual estabelecimento prisional o suspeito poderá ser encaminhado. Entre as possibilidades citadas na decisão está o presídio Ahmenon.