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Economia
Varejo brasileiro cai 1,6% em novembro mesmo com Black Friday, aponta índice
Índice do Varejo Stone mostra recuo de 1,6% nas vendas em novembro ante outubro e de 3,7% na comparação anual; economista cita endividamento recorde das famílias e juros a 15% ao ano como freios ao consumo
11/12/2025 às 16:42por Redação Plox
11/12/2025 às 16:42
— por Redação Plox
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As vendas do varejo brasileiro recuaram 1,6% em novembro em relação a outubro. Mesmo com a Black Friday na última semana do mês, o movimento não foi suficiente para sustentar o faturamento do setor, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS), elaborado pela fintech brasileira. Em comparação com novembro do ano passado, a queda foi ainda mais intensa, de 3,7%.
Vendas no varejo caíram em novembro, mas alguns setores tiv eram avanço, como o de móveis e eletrodomésticos
Foto: Pixabay
Endividamento e crédito caro freiam consumo
Apesar de o país registrar atualmente a menor taxa de desemprego da série histórica, o consumo das famílias segue pressionado. De acordo com avaliação do economista e pesquisador da Stone Rômullo Carvalho, pesam nesse cenário os elevados índices de endividamento e o custo ainda alto do crédito, que limitam a disposição de compra dos brasileiros.
Dados do Serasa mostram que, em outubro, o Brasil tinha 80,4 milhões de pessoas inadimplentes. O levantamento aponta ainda que o valor médio das dívidas por consumidor chegou a R$ 6.330,16, o que compromete parte importante da renda mensal.
Ao mesmo tempo, a taxa básica de juros, a Selic, permanece em um patamar considerado elevado pelo mercado, de 15% ao ano, encarecendo o financiamento de compras e a renegociação de débitos.
Setores em alta e em baixa no varejo
Mesmo em um mês de retração geral, alguns segmentos do varejo conseguiram crescer. O maior avanço foi registrado no setor de móveis e eletrodomésticos, com alta de 1% em novembro.
Também tiveram desempenho positivo os ramos de tecidos, vestuário e calçados, que avançaram 0,3%, e os supermercados, com aumento de 0,2% nas vendas no período.
Na ponta oposta, a maior queda ficou por conta do segmento de materiais de construção, que encolheu 3,2% no mês, reforçando o quadro de desaceleração em parte do comércio.