Ataques dos EUA e Reino Unido no Iêmen em resposta a agressões no Mar Vermelho

Operação conjunta visa rebeldes huthis apoiados pelo Irã após incidentes marítimos

Por Plox

12/01/2024 09h36 - Atualizado há 6 meses

Os Estados Unidos e o Reino Unido, em uma ação coordenada nesta quinta-feira, responderam com ataques aéreos a recentes agressões dos rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, no Mar Vermelho. As autoridades confirmaram que os ataques foram focados em pontos estratégicos dos rebeldes no Iêmen. Este movimento representa uma escalada significativa na tensão regional, ligada ao conflito em curso na Faixa de Gaza.

Foto: Reprodução de vídeo

Resposta militar

O presidente americano Joe Biden confirmou o sucesso dos bombardeios, que contaram com o apoio de nações como Austrália, Bahrein, Canadá e Países Baixos. Biden enfatizou a disposição dos EUA em adotar medidas adicionais para salvaguardar seus interesses e a liberdade de navegação internacional. Os ataques direcionados, segundo ele, são um aviso de que ações hostis contra o pessoal dos EUA e seus aliados não serão toleradas.

Aumento das tensões

A situação no Mar Vermelho tem se agravado desde o início dos confrontos entre Israel e o grupo Hamas em Gaza. Os huthis intensificaram suas ações na região, incluindo ataques a instalações militares e aeroportos no Iêmen. O vice-ministro de Relações Exteriores huthi, Hussein Al-Ezzi, condenou a ofensiva ocidental, alertando para "graves consequências".

Objetivos da operação

Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, esclareceu que os alvos dos ataques incluíram radares e mísseis dos rebeldes. O foco da operação, segundo declarações conjuntas dos países aliados, é reduzir as tensões e restabelecer a estabilidade na região, protegendo vidas e o comércio. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, descreveu os ataques como "medidas limitadas, necessárias e proporcionadas".

Reações e consequências

A Arábia Saudita expressou preocupação com as operações e apelou por moderação para evitar uma escalada maior. Os huthis, por sua vez, afirmam que suas ações são uma resposta à ofensiva israelense em Gaza. Aumenta, assim, o risco de um conflito mais amplo no Oriente Médio, envolvendo Estados Unidos, Israel, Irã e aliados regionais.

Alertas e medidas defensivas

Em dezembro, uma coalizão internacional, liderada pelos EUA, foi formada para proteger o tráfego marítimo na região. Apesar dos alertas e advertências aos huthis, os ataques marítimos continuaram, culminando na resposta militar ocidental. O Conselho de Segurança da ONU também instou ao cessar imediato dos ataques, destacando a ameaça à paz e segurança regionais.

Impacto na navegação e economia

A intensificação dos ataques levou as companhias de navegação a desviar rotas, aumentando o temor de perturbações na economia global. Os huthis alegam que seus alvos são exclusivamente navios ligados a Israel ou seus aliados, acentuando o clima de incerteza na região.
 

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