Jovens em BMW morreram asfixiados por monóxido de carbono; conclui perícia
Os laudos periciais revelaram que o monóxido de carbono, um gás sem cheiro e altamente tóxico, foi liberado pelo sistema de ar-condicionado do veículo, que passou por pelo menos três customizações
Por Plox
12/01/2024 11h55 - Atualizado há mais de 1 ano
Em Balneário Camboriú, Santa Catarina, quatro jovens foram encontrados desacordados e posteriormente confirmados mortos dentro de uma BMW na manhã de 1º de janeiro, vítimas de asfixia por monóxido de carbono. Esta conclusão devastadora veio à tona em uma coletiva de imprensa realizada pelas forças de segurança do estado nesta sexta-feira, 12 de janeiro.

Os laudos periciais revelaram que o monóxido de carbono, um gás sem cheiro e altamente tóxico, foi liberado pelo sistema de ar-condicionado do veículo, que passou por pelo menos três customizações. A investigação agora se volta para os responsáveis por essas modificações, com o delegado Vicente Soares indicando a possibilidade de um indiciamento por homicídio culposo.
As vítimas, Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19, Tiago de Lima Ribeiro, de 21, e Nicolas Kovaleski, de 16, foram encontradas no carro estacionado na rodoviária da cidade. Apesar dos esforços de socorro, as mortes foram confirmadas ainda no local. Testemunhas relataram que antes de chegar a Balneário Camboriú para a festa de réveillon, o grupo sentiu um "engasgo" no carro, mas decidiu prosseguir com a viagem.
A perícia, conduzida pela Polícia Científica sob a liderança de Andressa Boer Fronza, realizou mais de 15 exames nos corpos, no carro e no local do incidente. Os resultados confirmaram altos níveis de monóxido de carbono no sangue das vítimas, além de sinais de asfixia. Foi também destacado que não foram encontradas substâncias ilícitas no veículo e o motorista não estava sob efeito de álcool.