Ao falar sobre traição, Papa Francisco defende perdão, mas diz que separação pode ser necessária
Pontífice incentiva o perdão, mas admite que em situações de violência e injustiça o divórcio é inevitável
Por Plox
12/03/2025 11h34 - Atualizado há 14 dias
O papa Francisco abordou a questão da infidelidade conjugal e enfatizou a importância do perdão, mas reconheceu que em algumas circunstâncias a separação pode ser inevitável. A declaração foi publicada em sua coluna na revista mensal 'Piazza San Pietro', vinculada à Basílica de São Pedro, no Vaticano.

O pontífice respondeu a uma carta enviada por uma mulher identificada apenas como Catia, que questionou se deveria perdoar seu marido infiel. Francisco destacou a complexidade do perdão e afirmou que, quando há amor, a reconstrução é possível. 'O perdão é um ato livre e pessoal, que se fortalece no espírito, na graça e no amor de Deus', escreveu.
Ele sugeriu que o casal buscasse apoio através de encontros com cristãos que ajudam casais em crise, incentivando o diálogo e a reconciliação. No entanto, ressaltou que há casos onde a separação se torna necessária, especialmente quando há violência, injustiça grave ou falta de respeito contínua. 'Para proteger a dignidade e o bem-estar dos filhos, é preciso estabelecer limites firmes', pontuou Francisco.
Desde que assumiu o papado, Jorge Bergoglio tem promovido uma postura mais acolhedora para divorciados dentro da Igreja Católica, permitindo até mesmo a comunhão para aqueles que se casam novamente. Essa visão tem sido alvo de críticas de setores ultraconservadores do clero, mas reflete seu compromisso com a misericórdia e a reconciliação dentro da fé cristã.