Paralisação de servidores afeta 80% dos serviços de universidade em Minas
Hospital de Clínicas mantém urgências, mas cirurgias eletivas são afetadas
Por Plox
12/03/2025 10h30 - Atualizado há 3 dias
A greve dos técnico-administrativos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) afetou fortemente o funcionamento da instituição nesta terça-feira (11/3). Com adesão de cerca de 60% dos servidores, a paralisação comprometeu aproximadamente 80% dos serviços administrativos e acadêmicos, além de impactar o atendimento no Hospital de Clínicas da UFU.

O movimento, que integra uma mobilização nacional, reivindica o cumprimento do Acordo 11/2024 firmado com o Governo Federal. Esse acordo prevê reajuste salarial em duas parcelas, reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e revisão das funções dos servidores, além de outras melhorias para a categoria.
No Hospital de Clínicas, os serviços de urgência e emergência seguem funcionando normalmente, mas algumas cirurgias eletivas tiveram que ser reagendadas. Já na universidade, a paralisação impactou setores administrativos, causando o fechamento da biblioteca e a suspensão parcial ou total de diversos serviços.
Os trabalhadores também exigem a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que garantiria os reajustes salariais e melhores condições de trabalho para os servidores das universidades federais. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet-UFU), a categoria busca pressionar o governo para que cumpra o que foi acordado no ano passado.
Para reforçar as reivindicações, os servidores organizaram um ato em frente à reitoria da UFU, no campus Santa Mônica. Durante a manifestação, um documento será entregue à administração da universidade para reiterar as demandas e cobrar uma posição sobre a situação.