Bolsonaro segue internado após fortes dores abdominais, mas apresenta melhora
Ex-presidente foi levado de helicóptero a hospital em Natal e permanece sob observação médica após quadro de suboclusão intestinal
Por Plox
12/04/2025 08h08 - Atualizado há 11 dias
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, permanece internado no Hospital Rio Grande, em Natal (RN), mesmo após apresentar sinais de melhora em seu quadro clínico. O político de 70 anos foi levado à unidade de saúde nesta sexta-feira (11), após relatar dores abdominais intensas, que o levaram a interromper uma agenda política pelo interior do Rio Grande do Norte.

De acordo com informações repassadas pelo diretor médico da instituição, Luiz Roberto Fonseca, não há previsão de alta. A equipe médica optou por manter Bolsonaro sob observação, embora o cirurgião Hélio Barreto tenha descartado a necessidade de uma cirurgia, ao menos neste momento. Segundo o especialista, a condição do ex-presidente exige atenção, mas não há indícios de agravamento. A melhora da distensão abdominal e a diminuição das dores foram apontadas como sinais positivos.
Internações como essa têm sido recorrentes para Bolsonaro desde o atentado com faca que sofreu durante a campanha presidencial de 2018. Na ocasião, ele foi esfaqueado e, desde então, passou por múltiplas cirurgias. A situação atual foi identificada como uma suboclusão intestinal, ou seja, uma obstrução parcial no intestino, conforme detalhou o cirurgião.
A transferência para hospitais em outras cidades, como São Paulo ou Brasília, chegou a ser considerada por familiares, mas acabou sendo descartada. O próprio Bolsonaro publicou em sua rede social que está estável e em recuperação. A mensagem foi acompanhada por uma imagem onde ele aparece no leito hospitalar, deitado, com sonda nasal e eletrodos no peito, fazendo sinal de positivo com a mão.
O ex-mandatário havia sido levado inicialmente a uma unidade de saúde na cidade de Santa Cruz e, de lá, foi transferido de helicóptero para Natal. No momento em que embarcava na aeronave, ele aparentava estar com dificuldades para caminhar. Já em Tangará, onde cumpriria parte da agenda organizada pelo PL, começou a sentir dores abdominais “insuportáveis”, segundo declarou o senador Rogério Marinho (PL-RN).
Bolsonaro está inelegível até 2030 após questionar a lisura do sistema eleitoral sem apresentar provas. Ele ainda responde a um processo judicial por suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. Caso seja condenado, a pena pode chegar a 40 anos de prisão. A Procuradoria-Geral da República o acusa de ter buscado apoio das Forças Armadas para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
O senador Marinho afirmou que a equipe permanece confiante na recuperação do ex-presidente. Vale lembrar que Bolsonaro passou por novas intervenções relacionadas ao atentado em setembro de 2023 e, em maio de 2024, também ficou hospitalizado por quase duas semanas devido a uma infecção de pele.
Lula, atual presidente, também enfrentou um problema de saúde grave recentemente, tendo sido hospitalizado no final de 2024 por conta de uma hemorragia intracraniana provocada por uma queda em casa.