O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (11) que o réu Aildo Francisco Lima passe a cumprir prisão domiciliar. Aildo ficou conhecido por ter feito uma transmissão ao vivo sentado na cadeira do próprio magistrado durante a invasão ao prédio do STF em 8 de janeiro de 2023.
Foto: Redes sociais Mesmo negando o pedido de liberdade provisória feito pela defesa, Moraes decidiu substituir a prisão preventiva por medidas menos gravosas. O novo regime de Aildo impõe restrições severas, entre elas o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.
Além disso, ele está proibido de utilizar redes sociais, dar entrevistas, manter contato com outros envolvidos nos atos daquele dia e receber visitas, com exceção de seus advogados, pais, irmãos e companheira.
Aildo responde a diversas acusações, incluindo abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado com violência e ameaça grave, e uso de substância inflamável contra patrimônio da União. Antes da mudança no regime, ele havia passado um total de 1 ano, 6 meses e 13 dias em prisão preventiva.
Moraes considerou incabível a liberdade provisória, mas autorizou a prisão domiciliar com cautelares rígidas
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A decisão ocorre no contexto das investigações e punições aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, que marcaram o início de 2023 no Brasil. Aildo se tornou um dos rostos mais lembrados da invasão, justamente pela exibição em redes sociais de sua presença na cadeira do ministro.