Trump recua e retira tarifas de eletrônicos como celulares e chips

Após reação do mercado e críticas de empresas, presidente dos EUA exclui dispositivos populares das tarifas recíprocas contra a China

Por Plox

12/04/2025 15h03 - Atualizado há 5 dias

O governo dos Estados Unidos decidiu retirar smartphones, computadores e outros eletrônicos populares da lista de produtos sujeitos às tarifas recíprocas impostas pelo presidente Donald Trump. A decisão foi comunicada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA na sexta-feira, 11, e deve conter a alta nos preços de itens que não são produzidos no território americano.



ImagemFoto: Reprodução de vídeo


Essa exclusão acontece dias depois que o governo americano implementou uma série de tarifas contra produtos chineses. Com as novas medidas, as alíquotas sobre itens da China chegaram a um total de 145%, contando os aumentos anunciados ao longo de fevereiro e março. A Apple, que fabrica seus dispositivos principalmente na China, estava entre as empresas mais afetadas pelas ações anteriores.


Além dos smartphones e computadores, outros componentes foram isentados das novas tarifas. A lista inclui semicondutores, telas para televisores, unidades de armazenamento como SSDs e pen drives, além de cartões de memória e células solares. Esses itens são fundamentais para o funcionamento e produção de dispositivos tecnológicos em larga escala.


Essa é a primeira vez que Trump volta atrás em relação às tarifas sobre produtos chineses. Na quarta-feira, 9, ele já havia anunciado a suspensão temporária de 90 dias das tarifas recíprocas para países que não fossem a China. O movimento veio após uma reação negativa dos mercados, com quedas expressivas nas bolsas de valores e títulos públicos.


Em resposta às ações americanas, a China aplicou uma tarifa de 125% sobre produtos dos EUA. No entanto, sinalizou que não pretende escalar ainda mais a guerra comercial. Em comunicado emitido pelo Ministério das Finanças chinês, a Comissão Tarifária declarou que, diante do atual nível de tributação, os produtos americanos já se tornaram inviáveis no mercado chinês. Se os EUA decidirem impor novas tarifas, a China declarou que simplesmente “vai ignorar isso”.


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