Boulos pode assumir cargo estratégico no governo Lula

Deputado do PSOL é cotado para Secretaria-Geral da Presidência em possível reforma ministerial

Por Plox

12/05/2025 18h28 - Atualizado há 4 dias

Em meio às crescentes críticas à sua administração, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia uma reforma ministerial com o objetivo de reverter a imagem negativa de seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto.


Imagem Foto: Presidência


Segundo informações divulgadas pela jornalista Andréia Sadi, do G1, uma das principais mudanças em análise envolve a Secretaria-Geral da Presidência da República, atualmente sob comando de Márcio Macedo. O nome que surge com força para ocupar o posto é o do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), figura de destaque nos movimentos sociais e conhecido por sua atuação como ex-coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).



Nos bastidores, comenta-se que Macedo poderia ser deslocado para outra função estratégica dentro do governo: a presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Apesar do apoio que mantém da primeira-dama Janja Lula da Silva, Macedo enfrenta insatisfação dentro do próprio PT e críticas por sua atuação à frente da pasta.



A eventual chegada de Boulos ao núcleo do governo tem, ainda, um pano de fundo eleitoral. A avaliação é que sua presença pode fortalecer a articulação com movimentos sociais e melhorar o desempenho do governo nas redes sociais — um território onde o Planalto tem enfrentado grande dificuldade em estabelecer narrativa.
'O nome de Boulos ganha força pela atuação junto aos movimentos sociais e por sua presença digital, num momento em que o governo perde espaço nas redes', apontou Andréia Sadi

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Caso a mudança se confirme, o deputado do PSOL poderá ter que abrir mão de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026. Até o momento, Boulos tem evitado comentar diretamente sobre a possibilidade de assumir um ministério, reiterando que seu foco é contribuir com a reeleição de Lula no próximo pleito.



Esses movimentos fazem parte de uma tentativa mais ampla do presidente Lula de reorganizar sua base e renovar os quadros ministeriais, numa estratégia de sobrevivência política frente ao cenário adverso enfrentado por sua gestão.


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