Cachorrinho é motivação para menino com paralisia cerebral progredir em tratamento

O menino teve que se separar do animal ao se mudar para Osasco e sua evolução piorou, só melhorando com a presença do cão

Por Plox

12/06/2019 07h50 - Atualizado há cerca de 5 anos

Henrique Gabriel Muraro, 6 anos, nasceu com paralisia cerebral. Além disso, ele também tem epilepsia e falta de monitoramento psicomotor. A criança morava em Almirante Tamandaré, no Paraná, e tinha ganhado um cachorrinho, o Pipo. Com o carinho do animal, ele demonstrou evolução em seu quadro de saúde. Após se mudar para Osasco (SP) em setembro do ano passado, para iniciar tratamento na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), o cãozinho teve que ficar aos cuidados de Ronaldo, pai do menino, no Paraná.

Henrique

Henrique e o cãozinho Pipo- Foto: Arquivo pessoal

Em Osasco, Henrique não teve tanta melhora, pela falta do animal. "Ele havia melhorado por causa do cachorro. Era a única terapia que meu filho tinha. Isso motivou outras terapias e me fez acreditar ainda mais na recuperação dele, a ponto de lutar com mais força por um tratamento adequado em São Paulo”, diz a mãe Marislaine Muraro, 43. Henrique sofreu com saudades do animal.

Henrique e sr Francisco

O menino e o novo amigo, a quem chama de "vô", ManduriFoto: Arquivo pessoal

Ao chegar em Osasco a ajuda de pessoas a fez continuar a jornada. Ela teve a ajuda de um policial que conheceu a criança e um grupo de militares pagou as diárias de um hotel, ela conheceu Joel Faustino de Oliveira, o Manduri, dono de uma pequena imobiliária. Ele mobilizou a família e outras pessoas para bancar um aluguel de dois quartos para mãe e filho (aproximadamente R$ 1,2 mil por mês). 

Cãozinho

Foto: Arquivo pessoal

Mas a saudade de Henrique pelo Pipo continuou e motivou o amigo Manduri a mais uma vez, pedir ajuda e dividir com voluntários o frete para trazer o animal para Osasco. A chegada do bichinho trouxe muita alegria para o menino e o tratamento, que inclui cinco especialidades, só progride. "Ele evoluiu 90%, faz coisas que eu nem imaginava. No início, o diagnóstico era pessimista. Os médicos me falavam que dificilmente ele iria falar ou se movimentar. Hoje ele já fala algumas sílabas e acredito que irá andar. A presença do Pipo foi fundamental para tudo isso. Além do tratamento, é claro. Mas sem o cachorro não seria a mesma coisa", conta Marislaine, que emenda: "Se não fosse a ajuda, estaríamos muito atrasados. Ele melhorou bem, já não tem tanta queda de imunidade, se movimenta mais”. O garotinho até aprendeu mais uma palavra: “vô”, que é como chama Manduri.

Atualização: 9h53

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