Com festas juninas, produção de amendoim cresce no Paraná: estado projeta colher 7,9 mil toneladas em 2024/25

Produto ganha destaque com festas juninas; boletim detalha situação de outras culturas e carnes

Por Plox

12/06/2025 07h18 - Atualizado há 1 dia

As tradicionais festas juninas impulsionam a visibilidade de um dos produtos mais simbólicos do período: o amendoim. No Paraná, a cultura é explorada comercialmente em mais de 200 municípios e, para a safra 2024/25, a expectativa é de uma colheita de 7,9 mil toneladas.


Imagem Foto: Pixabay


De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o número representa 0,7% da produção nacional, que pode alcançar a marca histórica de 1,16 milhão de toneladas, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).



Em 2023, o Paraná produziu pouco mais de 7,8 mil toneladas em 2,1 mil hectares, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 33,4 milhões. O município de Guairaçá, localizado no Noroeste do estado, foi o maior produtor com mais de 3,6 mil toneladas. Alto Paraná e Paranapoema completam o ranking dos principais produtores locais.


Além do amendoim, o boletim traz dados sobre outras culturas e setores do agro paranaense. As chuvas recentes beneficiaram o desenvolvimento do milho, cuja colheita atingiu 3% da área de 2,72 milhões de hectares. Com cerca de 40% do milho já em fase de maturação, o risco de prejuízos com o frio foi praticamente eliminado.



Já a colheita da mandioca avança em ritmo superior ao registrado no ano anterior, quando a seca comprometeu os resultados. Para 2025, a projeção é de 4,2 milhões de toneladas, 16% acima das 3,7 milhões colhidas em 2024. Esse aumento decorre tanto da ampliação de 9% na área plantada quanto do crescimento na produtividade, que saltou de 26,6 para 28 toneladas por hectare.


No caso da cebola, o Paraná deve plantar 2,6 mil hectares e colher 109,5 mil toneladas — recuo de 13,5% na área cultivada e de 15,1% na produção em comparação com o ciclo anterior. A região de Guarapuava lidera com previsão de 52,7 mil toneladas em 950 hectares. Curitiba e arredores somam 897 hectares e devem colher 28,7 mil toneladas, enquanto Irati projeta 13,3 mil toneladas em 400 hectares.



Quanto à produção animal, o boletim cita dados do Observatório de Complexidade Econômica que indicam o Brasil como o terceiro maior exportador mundial de fígado suíno congelado em 2023. O país embarcou 10 mil toneladas, com arrecadação de US$ 6,65 milhões. Santa Catarina liderou as exportações com 8,6 mil toneladas, enquanto o Paraná aparece na quinta posição com 234 toneladas. As Filipinas foram o principal destino.


Já a produção brasileira de carne de peru registrou 127 mil toneladas em 2024, retração de 4,4% frente às 133 mil toneladas do ano anterior. Apesar das oscilações históricas — a produção chegou a 390,5 mil toneladas em 2017 —, a região Sul segue concentrando praticamente toda a atividade no setor.


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