Lula critica isenções e diz que ricos não precisam de benefício
Presidente defende justiça social em meio a crise fiscal e escândalo no INSS
Por Plox
12/06/2025 16h07 - Atualizado há 1 dia
Durante um evento realizado nesta quinta-feira (12), Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República, foi enfático ao afirmar que sua gestão não tem como objetivo beneficiar os mais ricos da sociedade. Segundo ele, a elite brasileira já acumula aproximadamente R$ 860 bilhões em isenções fiscais, enquanto a população pobre continua presa a um ciclo de desigualdade.

Lula pontuou que deseja garantir acesso à educação para todos, especialmente para os jovens oriundos de famílias humildes. “Eu não fui eleito para fazer benefício para rico. Eu quero que eles ganhem o que eles têm direito. Eu não quero impedir que eu bote as pessoas mais pobres na escola, eu não tive escola e oportunidade. Eu quero garantir que o filho de uma empregada doméstica possa disputar a mesma vaga na universidade que o filho da patroa dela, e que vença o melhor”, declarou.
Essa manifestação ocorre enquanto o governo federal enfrenta sérias dificuldades fiscais. Em meio ao esforço por mais arrecadação, surgem acusações de que o Executivo busca, a qualquer custo, aumentar a receita através da cobrança dos contribuintes, agravando a sensação de insegurança econômica.
Paralelamente, o governo também lida com uma grave denúncia de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo o irmão do presidente, Frei Chico. O esquema investigado pela Polícia Federal teria resultado em prejuízo superior a R$ 6,3 bilhões, com saques não autorizados dos benefícios de aposentados e pensionistas. O caso provocou pressão no Congresso, onde setores da oposição tentam emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o esquema e os envolvidos. O Partido dos Trabalhadores e parlamentares aliados, no entanto, têm se mobilizado para barrar o avanço da proposta.
Ainda nesta quinta-feira, Lula participou de uma cerimônia dedicada ao Acordo Rio Doce, em Minas Gerais. O projeto visa recuperar a área afetada pela tragédia do rompimento da Barragem do Fundão, ocorrido em Mariana, no ano de 2015. A proposta prevê ações de reestruturação social, econômica e ambiental para as comunidades impactadas.
\"O Brasil vive essa sina desgraçada de que pobre tem que nascer e morrer pobre\", disse Lula, reforçando sua crítica ao sistema de desigualdade social
.