Operação Ratione Animale resgata 26 animais vítimas de maus-tratos em Ipatinga

A Polícia Militar de Meio Ambiente realizou nesta quinta-feira (12), em Ipatinga, a Operação Ratione Animale, com o objetivo de combater os maus-tratos contra animais de grande porte, como cavalos, éguas, burros e mulas. A ação mobilizou 30 policiais e 11 viaturas, que atuaram simultaneamente em pontos estratégicos da cidade previamente mapeados com base em denúncias. O principal motivo da operação foi a crescente incidência de casos de crueldade envolvendo equinos mantidos em vias públicas, muitas vezes em condições degradantes e sem os cuidados mínimos exigidos por lei.

Com o objetivo de coibir práticas ilegais contra esses animais, a operação teve caráter tanto preventivo quanto repressivo. Foram averiguadas situações envolvendo abandono, condições inadequadas de criação e abrigo, ausência de alimentação e água potável, além de exploração irregular desses animais em áreas públicas.

"Essa operação foi desencadeada hoje devido a diversas denúncias sobre maus-tratos a animais de grande porte em Ipatinga. Já resgatamos 26 animais e prendemos mais de 10 responsáveis pelos crimes", explicou o Tenente Allan Teles.

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Entre os casos verificados, havia animais em estado de desnutrição, com feridas abertas, membros fraturados, olhos lesionados e mantidos presos durante todo o dia em espaços insalubres e sem ventilação. Muitos deles tinham acesso apenas à água contaminada e eram forçados a trabalhos excessivos, como o transporte de cargas pesadas em carroças.

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O bairro Planalto foi o local com maior número de ocorrências, concentrando 14 dos 26 animais resgatados. Segundo a PM, todos os animais retirados das ruas foram encaminhados a cuidados veterinários imediatos, com exames clínicos, coleta de sangue e identificação por microchip. Após esse processo, ficarão sob custódia no curral municipal, à disposição da Justiça.

A Polícia Militar de Meio Ambiente destaca que todos os animais recolhidos tinham proprietários, mas eram mantidos em áreas públicas — o que representa não apenas uma infração ambiental, mas um risco constante de acidentes, proliferação de doenças e degradação urbana.

"Esses donos precisam entender que via pública não é lugar de criar animais. Isso expõe a população e os próprios bichos a situações perigosas e cruéis", completou o Tenente Allan Teles.

Os responsáveis detidos responderão por crime ambiental de maus-tratos, cuja pena pode chegar a dois anos de prisão, além de multa. As autuações administrativas foram lavradas por fiscais da Prefeitura.

Denúncias sobre maus-tratos podem ser feitas de forma anônima pelo Disque Denúncia Unificado, no número 181.