Plox fala direto do antigo Hotel e Restaurante Acesita, em Timóteo

Um dos prédios de grande importância histórica e cultural da antiga Fazenda Dona Angelina, onde funcionava o hotel e restaurante Acesita, no coração comercial do centro de Timóteo, na avenida Alameda 31 de Outubro, foi demolido no último sábado (9). O Plox fala ao vivo do local do com Sebastião Lana, coordenador da Casa da Memória da Câmara para contar mais sobre a história do imóvel que esteve presente desde os primeiros anos da cidade.

O local já era uma casarão na época da fazenda e com o tempo, mudou-se um pouco da estrutura, de uma destinação para a outra.

A história conta que o terreno onde estava instalada a fazenda, foi vendido para a criação da Usina Siderúrgica Acesita, hoje Aperam South América, que fica instalada ali nas proximidades de onde estava o hotel. O escritório central da Aperam, fica a menos de 2 km do antigo hotel Acesita. Já a distância do antigo edifício para a portaria 2 da usina, é de 900 metros.

O prédio foi demolido na tarde do último sábado (9) sob os olhares de curiosos e admiradores. A prefeitura de Timóteo, após o prédio já estar derrubado, enviou ao local fiscais para notificar o proprietário do local, que estava sem licença para realizar o serviço de demolição.

O imóvel era um dos últimos edifícios históricos da cidade de Timóteo. Vale ressaltar que por se tratar de uma propriedade privada, a destinação final do local fica nas mãos de seu proprietário, porém, é de se lamentar a perda imaterial que essa demolição representa.

Durante a transmissão ao vivo, a Prefeitura de Timóteo enviou uma nota sobre. Veja abaixo na íntegra:

A Prefeitura de Timóteo embargou a obra e autuou os responsáveis pela demolição do imóvel conhecido como antigo Hotel Acesita, localizado no Centro Norte da cidade.

O prédio foi demolido no último sábado (9), de forma a se aproveitar do não expediente da fiscalização municipal, quando de fato levaram abaixo o imóvel sem licença para a demolição e sem qualquer aviso à Prefeitura. No entanto, fiscais da PMT flagraram o ilícito e deram ordem de embargo à demolição, bem como lavrou auto de infração pelo fato de demolirem sem alvará.

O bem não era legalmente protegido como patrimônio cultural no Município, Estado ou União, e também não havia passado por processo de inventário.

A Prefeitura fez levantamento junto ao IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas) e confirmou que não havia nenhuma proteção sobre o imóvel. No Município, também não existe nenhuma lei, decreto ou ato administrativo declarando o imóvel como patrimônio cultural.